O corpo de Amanda Almeida, morta e jogada no Rio Tietê, na Grande São Paulo, pelo ex-marido, Carlos Ribeiro, e o irmão dele, Fernando Ribeiro, foi encontrado dez dias após o crime pelo Corpo de Bombeiros, nesta quinta-feira (29). O corpo, segundo a corporação, estava nas proximidades de Santana do Parnaíba, na barragem Edgar de Souza, envolto em um lençol. As informações são do g1.
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Os bombeiros receberam uma ligação na Central 193 denunciando que havia um corpo no local. As buscas pela mulher, que era promotora de eventos, já haviam se encerrado.
O corpo está sendo preservado por viaturas da Polícia Militar e da corporação até que a perícia seja feita. Um irmão de Amanda reconheceu o corpo dela após ir até a barragem à pedido da polícia.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou, em nota, que “os policiais civis do 4º Distrito Policial de Osasco se deslocaram imediatamente até o local, onde acompanham os trabalhos periciais realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC), que serão necessários para a identificação da vítima e esclarecimento dos fatos”.
Ex-marido confessou o crime
Carlos confessou à polícia que esganou a ex-mulher, de quem estava separado há cerca de dois meses, e depois chamou o irmão, Fernando Ribeiro, para ajudá-lo a ocultar o corpo. Segundo imagens de câmeras de segurança, eles colocaram o corpo de Amanda, envolto em um lençol, no porta-malas de um carro estacionado em frente à casa dela.
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Os suspeitos estão presos e foram indiciados por feminicídio e ocultação de cadáver. A defesa diz que aguarda a finalização das investigações para se manifestar, mas “destaca-se que a família dos investigados expressa solidariedade a todos os envolvidos e tem colaborado integralmente com os órgãos responsáveis, fornecendo todas as informações requisitadas até o presente momento”.
O que motivou o crime
A investigação aponta que Carlos teria matado Amanda depois de ela ter se encontrado com um namorado da adolescência. O homem em questão confirmou o encontro e disse, em depoimento, que viu Amanda por acaso em um bar. Os dois teriam dormido juntos e, no encontro, a promotora de eventos teria contado que Carlos já havia a agredido e que uma vez “quase a matou”.
O namorado de adolescência citado também contou que Amanda o alertou que o ex-marido estava com um carro estacionado em frente à casa dela. O homem, então, parou numa esquina ao deixá-la em casa após o encontro. Carlos entrou na residência logo após Amanda também ter entrado.
Outras testemunhas também relataram que o motivo da separação dos dois teria sido uma série de agressões de Carlos. Mesmo após a separação o homem continuava a procurando, insistindo para reatarem, conforme depoimentos. Ele já tinha, inclusive, dado um soco no rosto da mulher e apertado o pescoço dela em um dos pedidos recusados por Amanda para reatarem o relacionamento.
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O casal teve três filhos juntos, de 16, 14 e 7 anos. O advogado Gelson Oliveira, que defende os interesses da família de Amanda, afirmou que pretende entrar com um pedido na Justiça para que a mãe dela tenha a guarda definitiva dos três netos.
Participação em programa de TV antes da separação
Dayane Andrade, amiga dela, falou à equipe de reportagem que a vítima participou com o ex-marido do quadro “Minha Mulher que Manda”, do programa Domingo Legal, do SBT. O quadro é uma competição de culinária entre casais que cozinham juntos.
Amanda e Carlos participaram da edição de 17 de novembro de 2024, no programa apresentado por Celso Portiolli.
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