Os mais de 64 corpos levados por moradores do Complexo da Penha para a praça São Luca ao longo da madrugada desta quarta-feira (29) não constam no balanço oficial, de 64 mortes, divulgado pelo governo do Rio de Janeiro. As autoridades farão uma perícia para analisar se há relação entre essas mortes e operação, considerada a mais letal da história do estado.
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Ainda nesta terça-feira (28), o governo do Rio de Janeiro afirmou que 60 criminosos e outros quatro policiais foram mortos durante a megaoperação na Penha e no Alemão. Já nesta quarta-feira, o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, informou que, a princípio, os corpos da praça não constam dessa contabilidade. Caso a relação seja confirmada, o número de mortes pela megaoperação pode ultrapassar 100.
Em relato ao g1, moradores afirmaram que ainda há muitos corpos no alto do morro, na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde se concentraram os confrontos entre as forças de segurança e traficantes.
A Polícia Civil informou que o atendimento às famílias para o reconhecimento oficial dos corpos vai correr no prédio do Detran, localizado ao lado do Instituto Médico Legal (IML), a partir das 8h desta quarta.
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Megaoperação
De acordo com números do Palácio Guanabara, esta é considerada a operação mais letal da história do estado, com 64 mortes até a última atualização desta reportagem. Entre os seis feridos estão duas pessoas apontadas pela polícia como suspeitos.
Entre os mortos estão quatro policiais civis, três policiais militares, dois homens apontados como traficantes vindos da Bahia e quatro moradores. Ainda, três inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua, atingido nas costas por uma bala perdida ; uma mulher que estava em uma academia e também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
A megaoperação teve como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, sendo 30 deles fora do Rio de Janeiro, que estariam escondidos em favelas. A última atualização aponta que 81 pessoas foram presas e 75 fuzis, duas pistolas e nove motos foram apreendidos.
Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e 2,5 mil policiais foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão.
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