Entre janeiro e agosto deste ano, 11 pessoas morreram em acidentes envolvendo motocicletas em Florianópolis. Os números foram apresentados em uma reunião organizada pela 30ª Promotoria de Justiça da Capital, nesta terça-feira (1º). O objetivo do encontro, que contou com a presença de diversas instituições, foi discutir os impactos desse tipo de ocorrência na sociedade.

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A motocicleta é muito procurada como um meio de locomoção pela agilidade e praticidade, principalmente em atividades profissionais. No entanto, ela preocupa as autoridades por conta da quantidade de acidentes de trânsito envolvendo esse tipo de veículo.

Segundo a Rede Vida no Trânsito, entidade ligada ao Ministério da Saúde, durante todo o ano passado foram registradas 16 mortes envolvendo motocicletas só em Florianópolis. A entidade porém alerta que os números tendem a ser maiores, uma vez que os dados são coletados num período de até 30 dias após o acidente. Em muitos casos, devido a um ou mais procedimentos cirúrgicos, o paciente vem a óbito depois desse prazo.

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De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Santa Catarina (Detran), 17 mil das 30 mil multas aplicadas em Santa Catarina são relacionadas ao excesso de velocidade de condutores de motocicletas. O órgão ainda afirma que, somente em 2024, foram registrados 21 mil acidentes em todo o Estado.

A Promotoria da Capital busca reduzir os impactos na área de atendimentos de urgência e emergência, e também nos hospitais. Até setembro deste ano, o SAMU atendeu mais de 3 mil vítimas de acidentes com motos. Além disso, entre as ocorrências de trânsito atendidas pelo Corpo de Bombeiros, 40% envolvem esse tipo de veículo.

A reunião também debateu sobre os custos desses acidentes para a área da saúde. Somente no Hospital Regional, as ocorrências leves registradas na enfermaria apresentam um gasto médio diário de R$ 5 mil, enquanto acidentes graves, que necessitam de um período de internação maior, o valor ultrapassa R$ 150 mil por paciente.

Medidas para redução de riscos na Capital

De acordo com o titular da 30ª Promotoria de Justiça da Capital, promotor Daniel Paladino, o objetivo do encontro foi integrar o trabalho das diversas áreas que atuam no atendimento dessas ocorrências, além de unificar as informações colhidas pelas instituições envolvidas. A partir dessa integração, o promotor defende uma ação efetiva das autoridades no que concerne à redução desses acidentes. 

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Segundo Paladino, ficou acordado que o grupo de trabalho vai atuar a partir dos seguintes eixos: conscientização, educação, fiscalização efetiva dos veículos e ações de engenharia de trânsito. Este último deve atuar como forma de corrigir pontos de risco, aprimorar a sinalização e, possivelmente, criar uma faixa exclusiva para motos.

A unificação do grupo também se dará através de reuniões mensais e um canal único de comunicação para troca de informações entre os participantes. A próxima reunião está prevista para final de novembro.

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