Em 4 de novembro de 2025, Criciúma celebra um século de emancipação político-administrativa. Fundada em 1880 por imigrantes italianos vindos de Veneza e Treviso, a cidade nasceu da agricultura e da união das famílias que desbravaram o interior catarinense em busca de prosperidade. Com o passar dos anos, o núcleo colonial cresceu e recebeu novos grupos de imigrantes, que ajudaram a moldar a identidade cultural e o espírito trabalhador do município.

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O grande salto veio com a exploração do carvão mineral, no início do século XX, que transformou a economia local e atraiu trabalhadores de várias regiões. A ferrovia, construída para transportar o minério, impulsionou a urbanização e deu início à formação de um centro urbano vibrante, com comércio e serviços em expansão.

O marco da emancipação ocorreu em 4 de novembro de 1925, quando Criciúma se separou de Araranguá e conquistou autonomia política e administrativa. A partir daí, o município entrou em um novo ciclo de desenvolvimento, impulsionado pela extração do carvão mineral e pela instalação da ferrovia Dona Tereza Cristina, que ligava a cidade a outras regiões.

As imagens antigas retratam esse período de intensa atividade nas minas, que transformou profundamente o território e a vida dos moradores. As galerias subterrâneas, as chaminés, os vagões carregados e os trabalhadores cobertos de carvão mostram a força de um tempo em que a economia girava em torno do minério. Foi a partir desse cenário que Criciúma começou a se projetar como polo industrial e econômico do Sul de Santa Catarina.

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O nome da cidade tem origem na palavra tupi “Kyruy-Syiuâ”, usada para designar um tipo de capim encontrado em abundância na região. Inicialmente chamada de Cresciuma, a cidade passou a ser oficialmente Criciúma em 1948, após a alteração determinada por lei estadual.

Hoje, cem anos depois, o município se destaca como uma das cidades em destaque no Estado, com mais de 200 mil habitantes e uma economia diversificada, que vai da indústria e do comércio à educação e aos serviços.