O historiador Eduardo Bueno viralizou após comentar a morte do ativista político Charlie Kirk em vídeo nas redes sociais. Agora, foi divulgado pelo site Poder 360 que Bueno assinou um contrato de R$ 3,2 milhões com a Caixa Econômica Federal em janeiro deste ano. As informações são da Folha de S. Paulo.
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Eduardo Bueno foi contratado para escrever um livro sobre os 165 anos do banco. O problema é que a contratação da Pen Publicações, empresa de Bueno, ocorreu sem licitação. O extrato foi publicado no Diário Oficial da União em 23 de janeiro deste ano.
O historiador havia escrito duas outras obras sobre o banco. A primeira, “CAIXA Uma História Brasileira”, foi lançada em 2002, e a segunda, “CAIXA 150 anos de uma História Brasileira”, foi lançada em 2010. O novo contrato prevê a atualização das obras.
Procurada, a Caixa informou que a contratação ocorreu com “inexigibilidade de licitação por impossibilidade de se estabelecer competição para essa contratação”, visto que cabe ao detentor dos direitos autorais — o próprio Eduardo Bueno — a revisão e ampliação da obra.
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Historiador também recebeu recursos do MEC
Os recursos recebidos da Caixa não são os únicos de entes públicos. Apenas em 2025, a Pen Publicações recebeu R$ 139 mil do Ministério da Educação pela aquisição de livros didáticos de português para educação infantil e destinados à educação pública.
Procurado pela Folha, o Ministério da Educação não respondeu.
Eduardo Bueno teve eventos cancelados após falas
O historiador Eduardo Bueno teve eventos cancelados após publicar um vídeo nas redes sociais comemorando o assassinato do influenciador americano Charlie Kirk, morto por um tiro em um campus universitário em Utah, na última quarta-feira (10). Na gravação em rede social, que foi mais tarde excluída pelo Instagram, o escritor diz ser “terrível um ativista ser morto por ideias, exceto quando é Charlie Kirk”.
— Mataram o Charlie Kirk. Ai, coitado, tomou um tiro, não sei se na cara, o Charlie Kirk. Tem duas filhas pequenas, que bom pras filhas dele, né — diz o historiador em trechos do vídeo original que circula nas redes sociais.
Bueno acumula mais de 1,5 milhão de inscritos no seu canal do Youtube e 350 mil seguidores no Instagram.
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Após a publicação do vídeo, o historiador foi alvo de críticas e teve compromissos da agenda cancelados. Entre eles, um evento promovido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) no domingo (14). Além disso, o podcast “Nós na História”, do qual ele participava há três anos e já havia gerado mais de 100 vídeos, também foi cancelado: “em vista dos últimos acontecimentos, decidimos encerrar o podcast ‘Nós na História. Muito obrigado a todos que nos acompanharam até aqui”, diz a nota publicada pelos organizadores.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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