Gelvani Haskel, o irmão do homem que matou a ex-companheira e os próprios filhos em Presidente Getúlio, no Alto Vale, foi condenado por esconder as armas do crime e por ajudar Gilson Haskel a ocultar os cadáveres de Edineia Telles e das crianças. Os assassinatos ocorreram em agosto do ano passado.
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O cunhado de Edineia foi considerado culpado por ocultações de cadáver, por posse de arma de fogo de uso permitido e por não comunicar a violência contra criança a uma autoridade pública. A pena foi de seis anos de reclusão em regime inicial fechado. Ele foi absolvido das acusações de porte de arma sem registro e de fraude processual.
A defesa, composta pelos advogados Rodolfo Warmeling, Letícia Bilk e Kamila Knaul, afirma que a sentença foi uma surpresa e que haverá recurso. Os defensores sustentam que Gelvani teria sido coagido e ameaçado de morte “pelo falecido irmão, autor e responsável por todo este trágico desfecho”.
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A decisão foi divulgada pela Justiça de Presidente Getúlio. O condenado não pode recorrer em liberdade.
Relembre o caso
Edineia Telles, de 34 anos, e os dois filhos, de dois e quatro anos, estavam desaparecidos desde o dia 27 de agosto do ano passado. Os corpos foram encontrados carbonizados dentro de um carro no dia 29 daquele mesmo mês em Ibirama.
Gilson Haskel confessou o crime durante uma abordagem policial e foi preso no Paraná no mesmo dia. Ele afirmou aos policiais que matou a ex-companheira e os filhos a tiros dentro da casa em que a família morava em Presidente Getúlio, no Alto Vale. Com a ajuda do irmão, tentou ocultar as armas e os cadáveres das vítimas.
O ex-marido cometeu suicídio na prisão de segurança máxima de São Cristóvão do Sul antes de ser submetido a julgamento, divulgou a polícia. De acordo com a confissão que Gilson fez, a motivação dos homicídios teria sido as dívidas acumuladas pelo casal e a intenção de Edineia de se separar oficialmente. Ela chegou a pedir uma medida protetiva contra o ex.
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