Santa Catarina é o maior produtor de ostras do Brasil e as cinco cidades que concentram a maior parte desta atividade são da Grande Florianópolis. de acordo com De acordo com o último levantamento da Produção Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , foram 20.828 toneladas em 2016, o que corresponde a 97,9% da malacocultura brasileira. Palhoça é a campeã nacional, seguida pela Capital catarinense que inclusive é responsável pela Festa Nacional da Ostra, a Fenaostra.
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Além da farta oferta, os moradores do Estado tem outro incentivo para consumir o molusco: a saúde. É rico em zinco, cálcio e ômega 3, fonte de proteína, baixo valor calórico, previne doenças cardiovasculares. Em 50 g do fruto do mar, quantia equivalente a aproximadamente dez ostras, há 40 calorias, 8 mg de vitamina B12 e 2,5 mg de ferro, mais que o dobro da carne de vaca.
A médica endocrinologista, Isis Toledo, afirma que o fato da ostra ser rica em zinco é o principal benefício da ingestão deste fruto do mar, auxiliando na regulação da na produção hormonal e da tireoide e também fortalecendo pele, cabelo e unhas. O papel do zinco está inclusive ligado a lenda popular que o alimento possui de ser afrodisíaco.
— Não se tem estudos precisos que podem confirmar se a ostra é afrodisíaca, porém se sabe que para quem tem deficiência de zinco a ingestão do mineral pode trazer efeitos positivos no retorno da libido — diz Toledo
Outro mineral que ganha destaque é o ferro, já que ele está presente em grandes quantidades no animal. As ostras têm uma concentração bem mais elevada do mineral que o feijão. Enquanto, 100g de ostras, que equivalem a oito unidades do molusco, possuem entre 5g e 9g de ferro, a mesma porção de feijão branco possui apenas 2,5 mg. Ela pode ser uma aliada na dieta de pessoas que sofrem com anemia, por exemplo.
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E a ostra também pode ser ajudar a combater a osteoporose, já que também é rica em cálcio, 100 ml de leite têm 107 mg o molusco possui 66 mg do mineral. Inclusive, o cálcio de ostras é vendido como suplemento vitamínico, já que também é rico em outros nutrientes, como vitamina D.
Ostra só cozida
A médica ressalta ainda que a população deve ter cuidado na forma de ingestão do alimento. Apesar de muito popular, especialmente entre os moradores nativos, comer a ostra crua não é recomendado. As ostras podem acumular metais, pesticidas e outros compostos orgânicos em seus tecidos e nas brânquias, chegando a concentrações maiores do que as presentes na água do mar.
Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) comprovou que as ostras podem acumular em seu organismo compostos químicos e agentes como vírus, bactérias e protozoários, causadores de doença em pessoas. A análise realizada em Florianópolis, apontou que os moluscos continham os vírus mesmo quando os locais de cultivo apresentavam níveis aceitáveis de coliformes fecais, segundo resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
— Todo molusco bivalve ele está vulnerável a contaminação do que tem no mar, já que ele age como um “filtro” da água. Por isso, o risco das pessoas ingerirem a ostra é justamente da intoxicação alimentar por essas toxinas que estão presentes no animal — afirma a endocrinologista
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A solução para quem gosta dos moluscos e não quer correr riscos é ingerir o alimento cozido a uma temperatura superior a 90 ºC. Não há uma recomendação de porção mínima, mas a endocrinologista indica que as pessoas mantenham a ingestão de no máximo em seis ostras grandes por dia.
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