O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (20), que desde o dia 13 de novembro alguns produtos brasileiros que forem importados pelo país americano não serão mais taxados com um percentual de 40%. No decreto, o presidente Donald Trump citou uma conversa com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o “progresso inicial nas negociações” com o governo brasileiro.

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A ordem faz referência à retirada das tarifas apenas para o Brasil, sem citar outros países, como em outro decreto emitido na última semana, que também excluiu taxas extras para alguns produtos. Nesta quinta, produtos como café, carne e açaí tiveram as taxas zeradas. Veja a lista de alguns produtos que não estão mais sob o tarifaço:

  • carne bovina;
  • açaí;
  • cacau;
  • banana
  • tomate;
  • coco;
  • castanha de caju;
  • mate;
  • especiarias, como pimenta, canela, baunilha, cravo e noz-moscada.

Os motivos citados para a retirada das tarifas

Na ordem, Trump cita a conversa que teve no dia 6 de outubro com o presidente Lula por telefone, após um encontro entre os dois chefes de Estado na Assembleia da ONU. Na ocasião, Trump chegou a afirmar que houve uma “química” entre ele e o presidente brasileiro.

“Em 6 de outubro de 2025, participei de uma conversa telefônica com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante a qual concordamos em iniciar negociações para abordar as preocupações identificadas no Decreto Executivo 14323. Essas negociações estão em andamento”, escreveu Trump na decisão desta quinta-feira.

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O presidente americano também afirmou que houve “progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil”.

“Também recebi informações e recomendações adicionais de diversos funcionários […] em sua opinião, certas importações agrícolas do Brasil não deveriam mais estar sujeitas à alíquota adicional […] porque, entre outras considerações relevantes, houve progresso inicial nas negociações com o Governo do Brasil.”

Para Trump, essas informações e recomendações também foram essenciais para a retirada das taxas.

“Depois de considerar as informações e recomendações que esses funcionários me forneceram e o status das negociações com o Governo do Brasil, entre outras coisas, determinei que é necessário e apropriado modificar o escopo dos produtos sujeitos à taxa adicional ad valorem de imposto imposta pela Ordem Executiva 14323. Especificamente, determinei que certos produtos agrícolas não estarão sujeitos à taxa adicional ad valorem de imposto imposta pela Ordem Executiva 14323. Assim, uma versão atualizada do Anexo I da Ordem Executiva 14323 é anexado a este pedido, que entrará em vigor em relação às mercadorias inseridas para consumo ou retiradas do armazém para consumo, a partir das 12h01, horário padrão do leste, em 13 de novembro de 2025. Na minha opinião, essas modificações são necessárias e apropriadas para lidar com a emergência nacional declarada na Ordem Executiva 14323”, escreveu.

Ordem vale a partir da data em que Vieira e Rubio se encontraram

Outro ponto importante está relacionado ao fato de que as tarifas deixaram de estar em vigor a partir do dia 13 de novembro, data esta em que o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se encontraram justamente para tratar sobre as tarifas.

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Agora, produtos como café, carne e frutas voltam a ter as taxas de antes do tarifaço imposto por Trump em agosto.

Governo comemora decisão

Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua, a retirada das tarifas é uma “excelente notícia” para o Brasil, sendo um apoio à “estabilização de preços para alguns produtos”.

Lula também se pronunciou e disse estar “muito feliz” com a decisão de Trump