O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) dormiu no chão de um dos plenários de comissões da Câmara, em Brasília, e prometeu greve de fome até o fim do processo que pode culminar com a cassação do mandato. Na quarta-feira (9), o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou por 13 votos favoráveis e cinco votos contrários o parecer pela cassação.

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Glauber Braga foi acusado pelo partido Novo de ter expulsado da Câmara, em abril do ano passado, com empurrões e chutes, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costenaro. A cena foi filmada. Costenaro participava de uma manifestação de apoio a motoristas de aplicativo durante o debate de proposta que regulamenta a profissão (PL 12/24).

O deputado do Psol afirmou que reagiu às provocações do integrante do MBL, que tem, segundo ele, um histórico de provocações em sequência.

Greve de fome

O deputado disse que utilizará todos os recursos disponíveis para questionar o processo, seja por vias legislativas ou judicialmente. Ele pode recorrer para que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) também analise o parecer, antes de ir a plenário.

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Glauber Braga disse que vai manter a greve de fome até o fim do processo — ou seja, até o plenário da Câmara confirmar ou rejeitar a recomendação de cassação feita pelo conselho.

— Sei que é a tática mais radical que um militante pode tomar. Estou em jejum no dia de hoje e vou permanecer sem alimentação como uma forma de denúncia e como uma tática de enfrentamento radical ao que está acontecendo — disse o parlamentar nas redes sociais.

O g1 esteve no plenário onde o deputado está dormindo às 00h40min. Glauber estava acompanhado por seis pessoas: quatro assessores do gabinete e dois apoiadores.

Segundo relatos de sua equipe, a decisão de iniciar a greve e permanecer no plenário foi tomada por ele sozinho, sem consultar previamente a bancada ou familiares. A própria esposa, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foi surpreendida com a atitude.

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Ela ficou ao lado do marido até por volta das 23h, mas precisou voltar para casa para cuidar do filho do casal, de três anos. A Câmara colocou um policial legislativo na porta para garantir a segurança durante a noite.

*Com informações de O Globo, g1 e Agência Brasil.

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