A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (2) uma operação para investigar ataques hacker direcionados a deputados federais que demonstraram apoio ao projeto de lei que iguala o aborto após 22 semanas a homicídio. A ação mira suspeitos que teriam coordenado invasões a sites e perfis ligados aos parlamentares.
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De acordo com informações apuradas pela TV Globo, os parlamentares que foram alvos dos hackers são Bia Kicis (PL-DF), Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Paulo Bilynskyj (PL-SP).
Entretanto, na época da discussão do projeto, outros nomes também relataram problemas semelhantes, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC), Greyce Elias (Avante-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
As apurações revelam que plataformas associadas aos deputados sofreram instabilidade e ficaram fora do ar em alguns períodos, comprometendo a divulgação de atividades legislativas e a comunicação institucional.
Segundo a PF, a investigação aponta a existência de uma organização criminosa por trás dos ataques cibernéticos. Os alvos da operação foram identificados e dois mandados de busca e apreensão cumpridos contra suspeitos em São Paulo e Curitiba.
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Os agentes recolheram materiais que podem ajudar a esclarecer como os ataques foram executados e quem participou das ações digitais. A corporação reforçou que a ofensiva teve como objetivo interromper a atuação dos criminosos e coletar provas para responsabilização.
Entenda o projeto de lei que assemelha o aborto a homicídio
A Câmara dos Deputados aprovou em junho do ano passado um requerimento de urgência para o projeto de lei que equipara aborto após a 22ª semana a homicídio.
Os deputados decidiram que o texto deveria passar direto para a votação em plenário, sem análise e debates em comissões, como é o procedimento habitual.
A proposta atribui uma pena, de seis a vinte anos de prisão, tanto para a grávida quanto para quem ajudá-la a abortar, quando ocorrer depois da 22ª semana de gestação. O procedimento seria considerado um homicídio.
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O projeto não altera a lei nos casos de anencefalia e de gravidez com risco para a mãe.
*As informações são do g1.
