Desastres naturais causaram perdas globais de aproximadamente US$ 131 bilhões (cerca de R$ 733 bilhões), no primeiro semestre de 2025. O relatório que aponta as perdas foi divulgado pela seguradora Munich Re. O valor é inferior ao registrado no mesmo período em 2024 (R$ 868 bilhões). No entanto, está acima da média histórica e revela um impacto crescente das mudanças climáticas em catástrofes naturais.

Continua depois da publicidade

A pesquisa foi publicada na terça-feira (29). Para a seguradora Munich Re, o destaque de catástrofes naturais até agora foi os os incêndios florestais em Los Angeles em janeiro deste ano, responsáveis por um prejuízo estimado em US$ 53 bilhões (R$ 297 bilhões). Desses, US$ 40 bilhões (R$ 224 bilhões) estavam segurados — o que faz do evento o mais custoso de 2025 até o momento.

Segundo cientistas, o agravamento das condições climáticas contribuiu diretamente para a intensidade e destruição causadas pelo fogo.

— Precisamos encarar o fato de que as perdas estão aumentando e deixar claro que as mudanças climáticas desempenham um papel cada vez maior — afirmou o cientista climático chefe da Munich Re, Tobias Grimm, segundo o jornal CBS News.

Desastres naturais podem ser ainda piores no segundo semestre

A expectativa da seguradora é de que o segundo semestre de 2025 seja ainda mais custoso, especialmente por conta da temporada de furacões, que começa em agosto e vai até novembro. Em sete dos últimos oito anos, o setor registrou perdas superiores a US$ 100 bilhões (R$ 560 bilhões).

Continua depois da publicidade

A Munich Re alerta, ainda, para a necessidade de políticas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Para Thomas Blunck, membro do Conselho de Administração da empresa, construções mais resistentes e controle sobre novos empreendimentos em áreas de risco são essenciais.

— A melhor maneira de evitar perdas é implementar medidas preventivas eficazes, como construções mais robustas de edifícios e infraestrutura. E o mais importante: para reduzir a exposição futura, novos empreendimentos imobiliários não devem ser permitidos em áreas de alto risco — afirmou Blunck.

*Sob supervisão de Luana Amorim

Leia também

Maré alta invade ruas e Defesa Civil monitora efeitos de ciclone em Balneário Camboriú

Cenas mostram força da maré e ruas se transformando em rios em cidades de SC