A Frente Feminista 8M de Santa Catarina preparou uma série de atividades para marcar o dia 8 de março, conhecido como Dia Internacional da Mulher. A programação em Florianópolis contempla, mesas de debates, rodas de conversas, performances, atos, feira e também um grande ato na segunda-feira (9).
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O processo de construção da programação de atividades foi realizado durante 11 encontros presenciais entre as integrantes da frente feminista. As reuniões aconteceram em janeiro e fevereiro deste para que o maior número de mulheres conseguisse participar expressar e defender os posicionamentos sobre as atividades.
A decisão de realizar a grande marcha de mulheres surgiu a partir destes encontros. Como o dia 8 de março, em 2020, cai em um domingo, a marcha foi transferida para a segunda-feira para que o contexto de greve geral das mulheres permanecesse.
— Considerando o entendimento do domingo como um dia “de folga”, receamos que as atividades neste dia fossem caracterizadas como comemorativas e não de luta e resistência, além de que para a classe trabalhadora, que em grande parte faz uso do transporte público, é um dia de pouca mobilidade — comentou Ana Bezerra, integrante da frente feminista do 8M de Santa Catarina.
Programação para todos e todas
Mesmo com a transferência da marcha para a segunda-feira, o dia 8 de maço terá uma programação extensa para que o dia fique marcado como de luta e resistência. No domingo, a frente feminista fica concentrada na cabeceira da Ponte Hercílio Luz, distribuindo panfletos, adesivos e personalizando camisetas.
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Para chamar o maior número de mulheres para a marcha do dia 9 de março, a frente ficará concentrada no Largo da Alfândega durante toda a segunda-feira. Diálogo sobre aborto, brechó anti-capitalista, oficinas e outras atividades acontecem desde 12h e duram até o início da marcha, marcado para 18h.
— As atividades temáticas e culturais acontecem para convocar as participantes visibilizando as pautas e reivindicações das mulheres, cis, trans, trabalhadoras, urbanas, camponesas, feministas, estudantes, mães, negras, indígenas, imigrantes, sem-terra, em situação de rua, gordas, profissionais do sexo, bissexuais, lésbicas, travestis, deficientes, surdas, neurodivergentes, em sofrimento psíquico, com transtornos mentais, encarceradas e visitantes — completa Ana.