O documentário “Vidas Interligadas”, produzido em Brusque, ganhou projeção nacional ao ser exibido no Museu das Favelas, em São Paulo, durante o Festival Favela Projeta. O evento reuniu produções audiovisuais de diferentes regiões do Brasil, com foco em narrativas produzidas por e sobre as periferias.
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A exibição do documentário ocorreu no sábado (1º) e foi seguida de um bate-papo com o produtor e jornalista João Paulo da Silva. Ele destacou a importância da produção catarinense ocupar espaços de alcance nacional.
— Foi muito gratificante poder levar o Vidas Interligadas ao Museu das Favelas, que é um lugar de expressão nacional. Mostramos um pouco da cultura afro-brasileira de Brusque e de Santa Catarina, os quilombolas, as pessoas pretas da nossa região, em um ambiente acolhedor e representativo da cultura negra e periférica — afirma Silva.
O produtor também ressaltou a relevância de ampliar o debate sobre o tema no Estado.
— É importante divulgar esse trabalho nos mais diferentes lugares. Levar o filme ao Museu das Favelas dá visibilidade às pessoas retratadas e reforça a justificativa do investimento público. Queremos ocupar mais espaços, alcançar novos públicos e que o documentário sirva como aprendizado — completa.
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Identidade negra e quilombola em Santa Catarina
Com foco nas histórias e resistências das populações negras de Brusque e das comunidades quilombolas catarinenses, o documentário cria pontes entre diferentes vivências, valorizando a identidade negra e quilombola no estado. A obra também propõe uma reflexão sobre memória, ancestralidade e pertencimento, resgatando trajetórias.
A obra pode ser vista aqui.