Duas professoras de Araranguá, na região Sul de Santa Catarina, são investigadas por produzir e registrar imagens de abusos contra alunos adolescentes. A operação “Exame Final”, foi deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Araranguá. Até agora, não houve prisão.
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Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, após representação da DPCAMI de Araranguá nos autos de um inquérito policial instaurado para apurar crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Os alvos da operação são duas ex-professoras de uma escola pública do município. Conforme a Polícia Civil, os crimes investigados incluem a produção, registro e compartilhamento de cenas de abuso sexual envolvendo menores, bem como o agenciamento, facilitação ou coerção de adolescentes para participação em tais conteúdos.
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Além disso, o inquérito apura possíveis infrações relacionadas à entrega ou consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade, o que também é tipificado como crime pelo ECA.
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Durante o cumprimento das ordens judiciais, uma das suspeitas tentou se esconder dentro de casa, obrigando os policiais a arrombarem a porta para executar o mandado.
Ao todo, 20 policiais civis das unidades da 19ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) participaram da operação, com apoio de peritos criminais da Polícia Científica, responsáveis pela coleta e análise técnica do material apreendido.
Segundo a delegada Eliana Chaves, responsável pela investigação, os próximos passos incluem a perícia do material apreendido e a oitiva das pessoas envolvidas.
— Com o recolhimento desse material para a perícia, nós veremos que tipo de crime foi praticado e iniciaremos a coleta de depoimentos de todas as pessoas envolvidas. […] O inquérito policial também vai apurar a entrega ou fornecimento de bebida alcoólica a adolescentes e se houve omissão de autoridades em denunciar os fatos — afirmou ao Jornal do Almoço, da NSC TV.
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A Polícia Civil informou que os quatro adolescentes envolvidos têm mais de 14 anos e que não há indícios de violência física. Até o momento, ninguém foi preso, e as penas somadas pelos crimes investigados podem chegar a 18 anos de reclusão.
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Em nota, a Secretaria de Estado da Educação, por meio da Coordenadoria Regional de Educação de Araranguá, informou que colabora com a investigação e que os envolvidos devem ser devidamente responsabilizados. A pasta ainda destacou que alunos e familiares estão recebendo acompanhamento psicológico e social, e confirmou que as professoras investigadas não atuam mais na rede estadual de ensino.
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