Duas mulheres acusadas de sequestro, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver duas vezes vão a júri popular em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina. O julgamento que acontece nesta quinta-feira (22) envolve o crime contra a jovem Jéssica Elias da Rosa, que ocorreu há dois anos. O ex-namorado junto a familiares teriam sido os responsáveis pelo assassinato.

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Jéssica desapareceu no dia 20 de janeiro de 2023, quando foi sequestrada pela ex-sogra e a namorada do ex-companheiro dela. O crime teria sido motivado por desavenças pessoais e vingança. As rés e um terceiro acusado teriam atraído a vítima, de 23 anos na época, com uma mensagem falsa.

Após o homicídio, o corpo foi enterrado em um sítio e, dias depois, desenterrado e ocultado novamente em uma área de mata fechada, com uso de cal para acelerar a decomposição. Em 23 de janeiro, o corpo da vítima foi encontrado em uma mata isolada em Braço do Norte.

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Durante esse período, a vítima foi levada a diversos locais na região e, após sofrer sucessivas agressões, foi morta por estrangulamento. O homem e outro envolvido já foram julgados e o processo está em segredo de justiça.

O ex da vítima também foi julgado por um outro homicídio ocorrido em 29 de novembro de 2021 no bairro Nossa Senhora das Graças, em Braço do Norte. A vítima neste caso foi um homem de 36 anos.

Relembre o caso

O sequestro ocorreu em 20 de janeiro, quando Jéssica foi obrigada a entrar em um carro pelos três suspeitos e levada até a casa da ex-sogra. Dois dias depois, a jovem encaminhou mensagens e uma foto aos familiares. Foi o último contato feito por ela.

Na mensagem, Jéssica dizia aos familiares que precisava sair da cidade, pois havia feito algo errado, de acordo com a polícia. Na época o trio foi preso e respondeu por sequestro e cárcere privado, associação criminosa, homicídio qualificado, e ocultação de cadáver.

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De acordo com as investigações, o ex-namorado de Jéssica foi o mandante do crime. Segundo a polícia, os dois tinham um relacionamento conturbado e essa poderia ter sido uma das motivações para o crime.

Condenações

O companheiro da ex-sogra recebeu pena de 21 anos, oito meses e 15 dias de prisão em regime inicialmente fechado por cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. As qualificadoras são motivo torpe, recurso que dificultou a defesa das vítima e meio cruel.

Segundo o MPSC, ele asfixiou a vítima, após ela ser gravemente agredida, levando-a à morte, além de ter participado do sequestro e ter enterrado o corpo, duas vezes, em locais distintos, com o auxílio das outras duas mulheres também acusadas.

O motivo torpe do crime é que elas tinham desavenças com a vítima, já que o ex-companheiro de Jéssica foi preso por ter causado um incêndio na casa dela em 2020. As duas acusadas a responsabilizaram pela prisão.

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Já o ex-cunhado, filho da ex-sogra, foi condenado a dois anos, seis meses e 10 dias em regime inicial semiaberto por ocultação de cadáver e coação no curso do processo. Conforme a denúncia, ele ajudou a esconder o corpo da vítima na segunda vez.

Já as outras duas acusadas vão a júri popular na comarca de Braço do Norte nesta quinta-feira (22)

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