Trio é preso por suspeita de matar chefe de facção e atingir bebê de um ano a tiros em SC

Três homens foram presos temporariamente em Manaus, na manhã desta terça-feira (16), suspeitos de matar Alexandre Araújo Brandão, de 37 anos, e balear um bebê, em outubro, no bairro Campeche, em Florianópolis. A operação foi coordenada pela Delegacia de Homicídios de Florianópolis, com o apoio da Delegacia de Homicídios de Manaus.

Segundo informações apuradas pelo colunista Ânderson Silva, do NSC Total, um quarto suspeito estaria foragido em uma comunidade do Rio de Janeiro. A polícia continua as buscas pelo homem.

Homem foi morto e bebê atingido por tiro

Alexandre Araújo Brandão, de 37 anos, conhecido como “Xuruca”, foi executado com cerca de 10 tiros na noite de 9 de outubro, no bairro Campeche, em Florianópolis. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, ele era apontado como um dos principais integrantes da cúpula de uma facção criminosa.

O crime ocorreu por volta das 22h, quando Alexandre foi surpreendido por atiradores enquanto estava com o filho, um bebê de um ano e oito meses, no colo.

A criança também foi baleada e encaminhada em estado grave ao Hospital Infantil Joana de Gusmão. O bebê recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em 15 de outubro.

Histórico criminal de “Xuruca”

Natural de Manaus, Alexandre possuía extensa ficha criminal, com passagens por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha, receptação e homicídio. Ele também respondia a mais de 12 processos, incluindo violência doméstica em estados como Santa Catarina, Distrito Federal e Amazonas.

Em janeiro de 2024, Alexandre chegou a ser preso em flagrante no Campeche, durante uma operação conjunta da Polícia Federal e das Forças de Segurança do Amazonas.

Na época, o delegado Sávio Pinzon, da Polícia Federal, explicou que o suspeito integrava o alto escalão de uma organização criminosa do Amazonas com ramificações no Rio de Janeiro.

“O alvo é considerado um indivíduo bastante perigoso que faz parte do crime organizado no Amazonas. Ele foi para Santa Catarina, mas continuava a comandar o esquema criminoso no Estado”, afirmou o delegado na ocasião.

Antes disso, Alexandre já havia sido preso em posse de 14 armas no Amazonas e cumpria pena de 15 anos por homicídio. Mesmo assim, voltou a ser solto e manteve influência em esquemas criminosos interestaduais.

Além disso, em julho de 2025, a imprensa local noticiou que Alexandre foi alvo de um atentado a tiros em Manaus. Aproximadamente 50 disparos atingiram o veículo em que ele estava. Na ocasião, ele sobreviveu, mas ficou ferido nas pernas.