Árvores e plantas escondem parte de um imóvel centenário que fica sobre uma colina no Centro de Joinville. Ainda assim, é possível ver um pouco da arquitetura da casa, com uma sacada e janelas que revelam o quanto o local é antigo. Parte da história da cidade, o imóvel já abrigou a antecessora da Celesc e, agora, está à venda.
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Dilney Cunha, historiador e coordenador do Arquivo Histórico, conta que a edificação já existe desde, pelo menos, a década de 1930, somando quase 100 anos de construção. A casa, mais o imóvel que fica ao lado, foram projetadas por Georg Keller, o primeiro proprietário da residência que está à venda.
Mais acima, ficava um outro prédio, em um morro. O imóvel pertencia ao irmão dele, Max Keller, dono da Malharia Arp. A família fez o local de moradia, porém, a casa foi demolida.
Já a casa que pertenceu a Georg Keller foi usada como sede pela Empresul, empresa de energia elétrica na época, controlada pela Arg, de Berlim, na Alemanha.
— Como era alemã, acabou sendo “nacionalizada” pelo Getúlio Vargas e depois da 2ª Guerra Mundial, passou para o governo de Santa Catarina, e algum tempo depois, virou a Celesc — explica Dilney.
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Ao longo dos anos, diretores da Empresul moraram no imóvel, como o ex-vereador Alsione Gomes de Oliveira e, também, Raul Baggio.
Agora, a casa histórica está à venda. O imóvel é tombado como patrimônio de Joinville e, portanto, não pode ser demolido ou modificado sem um projeto arquitetônico aprovado pelos órgãos de preservação cultural. Além disso, elementos originais e que caracterizam o imóvel devem ser mantidos.
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