O empresário de Blumenau Otto Guilherme Vieira é um dos investigados pela Polícia Federal suspeito de patrocinar os atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro, conforme reportagem exibida pelo Fantástico neste domingo (15). A apuração tenta descobrir quem pagou pelos ônibus que levaram manifestantes à capital federal e pela comida fornecida nos acampamentos.
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Otto é um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Chegou, inclusive, a participar de live com o então aspirante a chefe do Executivo e ajudou a organizar uma palestra em 2018 para ele em Blumenau, no Parque Vila Germânica. O empresário é dono de uma loja de caça e pesca e vendedor de armas — um dos setores beneficiados com as regras para aquisição de armas no Brasil no governo Bolsonaro.
Em um vídeo que circulou nas redes sociais pouco antes da invasão ao Congresso, Palácio do Planalto e STF, Otto aparece convocando pessoas para embarcar rumo a Brasília. Outra publicação sugere baixa adesão ao movimento partindo de Blumenau: “Está sobrando ônibus e faltando patriota”.
“Estamos solicitando pessoal que tem intenção de sair hoje para Brasília. Pode sair um ônibus hoje ou até dois, dependendo do contingente. Preciso do nome completo, CPF ou telefone. Vai sair mais dois (sic) de Blumenau. Então… Rapidinho, com urgência”.
A Polícia Federal já identificou cerca de 60 pessoas na investigação que apura os patrocinadores do movimento golpistas. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio de bens deles, para um eventual ressarcimento aos mais de R$ 6 milhões estimados em prejuízos após a depredação das repartições públicas.
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A reportagem tentou contato com Otto Guilherme Vieira na manhã desta segunda-feira (16), tanto pelo telefone fixo da loja de caça e pesca da qual é dono, como pelo celular e por mensagens pelo WhatsApp, mas não teve retorno até a publicação desse texto.
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