Um empresário de Santa Catarina e a esposa dele foram presos nesta quarta-feira (1º) suspeitos de integrar um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação apontou que o casal, dono de uma empresa de manutenção de drones em Itajaí, adaptava os equipamentos para criminosos gaúchos levarem drogas e celulares a uma penitenciária de segurança máxima no Rio Grande do Sul.

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Segundo o delegado Cristiano Ritta, as negociações interceptadas pela Polícia Civil do RS apontam que os traficantes gaúchos compravam os drones do empresário, que ficava responsável por modificar o software e adaptar os braços articulados dos equipamentos antes de enviar a mercadoria aos compradores no estado vizinho.

Já a esposa dele atuava como operadora financeira no esquema.

A Polícia Civil gaúcha chegou ao casal de SC quando investigava um grupo responsável por instalar um laboratório de refino de cocaína em Bagé (RS). Em uma das operações desse caso, os agentes encontraram, além da droga, 11 telefones celulares novos. Os aparelhos seriam enviados para dentro do sistema prisional com o uso de drones e tinham sido adaptados para a prática criminosa em SC.

O líder do grupo criminoso é um detento da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), para onde as drogas e celulares seriam levados com os drones adaptados em Itajaí. Na mesma operação, outras três pessoas foram presas no RS. Ao todo, R$ 18 milhões em bens e contas bancárias foram bloqueados dos investigados. São 20 carros apreendidos e 63 contas bancárias de “laranjas” congeladas.

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