Há 46 anos, Israel e o Líbano estão em guerra. O conflito perdura desde que as tropas israelenses invadiram o território libanês em 1978 e novamente em 1982. Além disso, os libaneses também enfrentaram duas guerras civis nesse período, em 1975 e 1990. As informações são do g1.

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O grupo extremista Hezbollah foi criado em 1982 em oposição à ocupação israelense ao sul do território Libanês. No mesmo ano, o Irã começou a apoiar o país contra as ocupações de Israel. Na tarde desta terça-feira (1º), o governo iraniano disparou cerca de 200 mísseis balísticos em direção a Israel em retaliação à morte dos chefes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh.

Irã lança mísseis contra Israel e explosões são registradas em Tel Aviv

Ainda nesta terça, o governo israelense lançou uma operação terrestre contra alvos específicos do Hezbollah que apresentavam uma ameaça imediata, no sul do Líbano.

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Veja o histórico de conflito entre Israel e Líbano

1978: a Frente Popular do Líbano sequestrou um ônibus em nome da Libertação da Palestina. Isso resultou na invasão do sul do país por tropas israelenses e a morte de 30 civis israelenses.

1982: o Hezbollah foi criado com apoio financeiro e militar do Irã. Neste mesmo ano, Israel fez uma ofensiva com uma invasão em larga escala que chegou até a capital libanesa, Beirute, cerca de 94 quilômetros da fronteira com Israel. O governo israelense afirmou que o ataque foi desencadeado após a tentativa de assassinato de um embaixador israelense no Reino Unido.

1985: Israel se retirou da maior parte do território do Líbano, mas manteve uma “zona de segurança” próxima à fronteira no sul do país. A retirada total das tropas só ocorreu 15 anos depois, em 2000. Durante esse período, ocorre o fortalecimento do Hezbollah militar e politicamente.

2006: o Hezbollah invadiu Israel e sequestrou dois militares israelenses, desencadeando um conflito que durou mais de um mês. A Organização das Nações Unidas (ONU) interferiu e após negociações pediu um cessar-fogo.

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Dias atuais

Após os ataques israelenses ao grupo terrorista do Hamas e na Faixa de Gaza, o Líbano tem retaliado em apoio com bombardeios desde outubro de 2023. E a partir de então o conflito tem escalonado entre os países. Um comandante do Hezbollah foi morto após um ataque israelense, em julho e, no mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.

Nos últimos dias, os líderes israelenses têm avisado sobre o aumento de operações contra o Hezbollah que podem ter ocasionado na virada do conflito após alguns acontecimentos.

Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada, em que a imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados sobre operações do tipo. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria do caso.

Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”. Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah, mas essa ação só seria possível através de operação militar.

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Em 23 de setembro, cerca de 500 pessoas morreram após Israel bombardear diferentes locais do Líbano, sendo o dia mais sangrento do conflito desde a guerra de 2006. E quatro dias depois, Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por meio de um bombardeio em Beirute.

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