Ele já está totalmente adaptado à “casa” dele no Parque Zoobotânico de Brusque, mas isso não significa que Flokinho não passe dificuldades por conta da condição genética rara que possui, o albinismo. O veado-mateiro vai completar um ano no espaço e, agora, é considerado um jovem adulto.
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Flokinho deu um “check” em todos os itens que o tornam muito especial: é de uma espécie em risco de extinção, tem albinismo total, algo extremamente raro, e é o único veado albino em cativeiro que se tem conhecimento no Brasil. A pelagem branca, o focinho rosado e os olhos vermelhos e claros podem parecer bonitos para muita gente, mas representam algo ruim para o animal.
Por conta dessa alteração genética, Flokinho não enxerga direito. A dificuldade é tanta, especialmente quando há muita luz, que o veado chega a se perder na área livre ensolarada. Por isso, prefere lugares mais escuros, explica a médica veterinária do parque, Milene Zapala. Também não é indicado que ele se reproduza, já que passará o gene recessivo do albinismo para os filhotes.
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A ocorrência de animais albinos tem sido maior, reportam pesquisadores. Uma das principais explicações está na diminuição das florestas e no risco de extinção. Ou seja, com menos habitat e em menor número, os animais de mesmo laço sanguíneo estão cruzando, o que gera esse defeito genético nos filhotes.
Apesar disso, os albinos podem ter uma vida normal. Flokinho já está bem acostumado com a veterinária, aceita carinho dela e convive bem com as duas companheiras de moradia: Acerola e Pitanga, da espécie catingueiro. O espaço em Brusque, a princípio, sempre será o lar dele, pois não é possível devolvê-lo à natureza, já que não aprendeu com os pais como se virar na vida selvagem.
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— Ele é um animal muito tranquilo, tem ótima audição. Quando estou chegando, chamo pelo nome e ele já levanta a orelhinha, vindo até a cerca e deixando fazer carinho — descreve a profissional, que controla a quantidade de capim, folhas, legumes e cascas de frutas que o veado consome diariamente.
Com estranhos, no entanto, Flokinho é medroso e bem arisco. Quem quiser tentar observar ele e outros moradores do zoobotânico pode ir até o local de terça a domingo, incluindo feriados, das 8h às 17h30min.
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