Um estudo inédito prevê seis projetos para expansão de BRT (bus rapid transit, na sigla em inglês), totalizando 77 quilômetros para ampliar a mobilidade urbana na região metropolitana de Florianópolis até 2054. Os projetos fazem parte do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades, para o aumento das redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade.

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Ao todo, o investimento estimado para os projetos é de R$ 3,8 bilhões. Em Florianópolis, com a implantação dos projetos previstos no estudo, a previsão também é de que a redução no tempo médio de deslocamentos na cidade diminua, com um impacto de R$ 2,6 bilhões.

Confira onde serão implementados BRT, segundo o projeto

  • BRT no Anel Viário Florianópolis – Trecho Sul;
  • BRT no Anel Viário Florianópolis – Trecho Norte;
  • BRT na BR-282 (Via Expressa);
  • BRT na BR-101;
  • BRT no corredor Norte (SC-401);
  • BRT no corredor Sul (SC-405).

Impactos dos projetos

De acordo com o estudo, a implementação dos projetos deve resultar, ainda, na redução de cerca de 150 óbitos em acidentes de trânsito. Além disso, em termos de impacto ambiental, o BNDES e o Ministério das Cidades estimam que 72,3 mil de toneladas de CO2 não serão mais emitidos por ano.

O custo operacional por viagem também poderá ser reduzido, de acordo com o estudo, em 11%.

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— Os projetos selecionados mostram que o Brasil está buscando se adaptar às mudanças do clima, com ações que unem sustentabilidade, mobilidade e inclusão social — afirma o ministro das Cidades, Jader Filho.

Estudo inclui 21 regiões metropolitanas do Brasil

O estudo definiu 187 projetos em todo o país, em 21 regiões metropolitanas do Brasil, com investimentos que chegam a R$ 430 bilhões, divididos em R$ 31 bilhões em trens, até R$ 105 bilhões em veículos leves sobre trilhos (VLT), até R$ 80 bilhões em BRTs e R$ 3,4 bilhões em corredores exclusivos de ônibus. Veja abaixo todas as regiões metropolitanas participantes:

  • Porto Alegre;
  • Florianópolis;
  • Curitiba;
  • Santos;
  • Campinas;
  • São Paulo;
  • Rio de Janeiro;
  • Belo Horizonte;
  • Vitória;
  • Goiânia;
  • Distrito Federal;
  • Salvador;
  • Maceió
  • Recife;
  • João Pessoa;
  • Natal;
  • Teresina;
  • São Luís;
  • Fortaleza;
  • Belém;
  • Manaus.

Ao todo, 8 mil mortes pelo Brasil em acidentes de trânsito poderão ser evitadas, com menos 3,1 milhões de toneladas de CO2 emitidos por ano. Para se ter uma ideia, essa quantidade de CO2 equivale a uma absorção de carbono de uma área estimada de floresta amazônica de 6,2 mil km2.

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O custo da mobilidade urbana também deve ser reduzido em cerca de 10%, com acesso mais facilitado a empregos, escolas, hospitais e áreas de lazer, de acordo com o estudo.

— Com o estudo, o BNDES contribui com a produção de uma política pública para a formulação de uma estratégia nacional de mobilidade urbana, de longo prazo e sustentável, unindo esforços da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e brasileiras, com um transporte mais eficaz, menos poluidor e mais seguro — afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.