Um estudo inédito no Brasil que analisa pacientes graves com Covid-19 teve a médica Miriam Cristine Vahl Machado, que atua em Joinville, como coautora da pesquisa. Ela atua como intensivista no Centro Hospitalar Unimed.
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O principal objetivo do estudo foi avaliar a infusão de fluidos de forma lenta seria melhor do que a infusão rápida, levando em consideração a sobrevida em 90 dias em pacientes criticamente afetados pela doença.
Foram analisados 11 mil pacientes de 75 Unidades de Terapias Intensivas do Brasil. As análises foram aplicadas de forma simultânea, por meio do mesmo protocolo em todas as unidades de saúde.
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“A intervenção de administrar fluidos é uma das mais comuns no tratamento destes pacientes, por isso, o estudo é muito importante. Ele responde a uma dúvida frequente na prática clínica diária dos médicos intensivistas”, destaca a médica Miriam.
Resultados
Com a análise dos dados, os pesquisadores não encontraram diferença de mortalidade em 90 dias entre os pacientes críticos que receberam fluidos, quando comparados com as diferentes velocidades.
Desta forma, conforme o estudo, o resultado não suporta a ideia inicial de que a infusão de fluidos em velocidade lenta pudesse ser melhor do que a rápida.
Após concluído, o ensaio foi publicado na JAMA (Jornal da Associação Médica Americana), uma das revistas científicas de medicina mais conceituadas do mundo. Para Miriam, o estudo coloca o país em um ponto de destaque na pesquisa científica.
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“Este é um dos maiores estudos clínicos envolvendo pacientes críticos realizados no mundo. Foi muito importante poder contribuir com o crescimento da pesquisa clínica e da ciência”, disse.
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