Uma fábrica de Santa Catarina que faz torra de café estava misturando cascas para substituir parte dos grãos na composição do produto. O caso veio à tona após um teste de amostra do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) detectar impurezas acima do permitido em um lote da empresa.

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A prática é proibida e caracterizada como fraude contra o consumidor. Nesta semana, uma inspeção na unidade, localizada em Brusque, levou à apreensão de 4,2 toneladas de cascas de café usadas irregularmente (veja fotos abaixo).

Conforme o Mapa, a casca, também chamada de polpa de café, é um subproduto do beneficiamento e não pode ser utilizada na produção de café torrado e moído. Isso porque o uso exige controle rigoroso devido ao risco de contaminação por microtoxinas, como a Ocratoxina A.

Além disso, pode resultar na presença de impurezas como terra, pedras e resíduos químicos, o que representa risco à saúde. A fábrica não foi fechada, mas deve corrigir falhas de fabricação e melhorar a estrutura para garantir condições adequadas de higiene e processamento.

— Nosso compromisso é garantir que o consumidor receba um produto seguro, honesto e de qualidade. A fiscalização existe para coibir fraudes e assegurar que o café de SC mantenha o padrão que o mercado exige e o público merece — afirma o superintendente do Mapa em Santa Catarina, Ivanor Boing.

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Veja fotos da fiscalização na fábrica