Por Artur Rodrigues

Setenta e cinco presos, a maioria membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), fugiram na madrugada deste domingo (19) de uma prisão em Pedro Juan Caballero, no Paraguai.

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A facção brasileira tem forte atuação no Paraguai, devido ao tráfico de drogas.

De acordo com a imprensa do país, foi encontrado um túnel que ligava um dos pavilhões, voltados a presos da facção criminosa brasileira, à área externa da prisão.

O governo paraguaio, no entanto, considera que parte dos criminosos possa ter fugido durante a semana sem usar o túnel. Os responsáveis pela prisão já foram afastados.

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"Foi encontrado um túnel e acreditamos que esse túnel foi um recurso enganoso para legitimar ou maquiar a liberação dos presos. Há cumplicidade com as pessoas de dentro da prisão e esse é um fenômeno que acontece em todas as penitenciárias", afirmou o ministro do Interior do país, Euclides Acevedo, em nota publicada em site do governo.

De acordo com ele, o país está em alerta máximo, pois os presos são de grande periculosidade. Segundo ele, entre os 75 presos – e não 91, como divulgado inicialmente pela imprensa paraguaia – a maioria é de integrantes do PCC.

O ministro afirmou que é possível que alguns dos detentos tenham fugido para o Brasil.

A ministra da Justiça, Cecilia Pérez, ordenou a destituição do diretor da penitenciária e de outros funcionários.

— É categórico que houve corrupção — disse Cecilia à rádio paraguaia ABC Cardinal.

A suspeita é que a facção criminosa tenha comprado a sua fuga.

Em uma das celas do presídio foram encontrados cerca de 200 sacos de terra, retirada para que o túnel fosse feito.

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Jornais do país afirmam também que a Polícia Federal brasileira também foi avisada.

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