Quando decidiu cursar publicidade, Giuliana Passarelli, hoje com 30 anos, acreditava estar seguindo o caminho natural para ela. Comunicativa e criada em um ambiente familiar ligado à área, a paulistana não hesitou em trilhar a mesma trajetória da mãe, formada em publicidade e ex-funcionária da MTV, um universo que Giuliana sempre achou “o máximo”.

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Após se formar na ESPM, ela atuou como executiva de contas e coordenadora de marketing em uma agência de eventos. Mas, perto dos 30 anos, percebeu que a rotina exaustiva já não combinava com os planos de vida que começava a construir.

— Era trabalho de segunda a segunda. Eu pensava: “Não é isso que eu quero para mim” — lembra em entrevista a Revista Marie Claire.

A pandemia acelerou sua decisão. Giuliana pediu demissão e, sem conseguir continuar pagando o próprio aluguel, voltou temporariamente para a casa dos pais. A fase era instável — até que surgiu a proposta que mudaria tudo. A amiga que viria a se tornar esposa de seu atual chefe comentou que ele buscava alguém de confiança para ajudá-lo nas tarefas do dia a dia. A descrição parecia casar com seu perfil.

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A entrevista, conta ela, foi quase casual. Uma conversa rápida, informal, entre duas pessoas que já se conheciam de vista. O empresário só quis saber se ela estava disposta a aprender e a viajar quando necessário.

Hoje, Giuliana trabalha como assessora pessoal de um empresário de Campinas.

— Eu faço tudo que ele não quer mais fazer, para que tenha tempo de focar no importante — explica, com franqueza.

A lista inclui agendar compromissos, organizar festas, levar os cachorros ao veterinário, contratar funcionários, cuidar de pagamentos, montar malas e até servir como stylist.

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Momentos inusitados fazem parte da rotina. Ela ri ao lembrar do dia em que precisou “pagar um negocinho” (um Pix de R$ 300 mil) ou quando foi convocada em pleno domingo para viajar à França porque o chefe havia comprado uma Ferrari e precisava fazer a vistoria.

A rotina de uma “babá de milionário”

Embora seja contratada CLT, o horário de trabalho funciona de maneira flexível.

— A gente já se encaixa um na vida do outro — conta.

Ela consegue resolver assuntos pessoais pela manhã e estender suas tarefas profissionais à tarde, sempre alinhando tudo por comunicação direta. A relação exige jogo emocional.

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— Tem dia que nenhum dos dois está bem, e a comunicação vira desafio — Mesmo assim, Giuliana garante que nunca houve briga séria, apenas divergências pontuais, como ocorre entre amigos.

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*Com informações da Revista Marie Claire

**Sob supervisão de Pablo Brito