Assistir ao clube do coração jogar é algo relativamente simples para torcedores de Avaí e Figueirense em Florianópolis, mas e se a equipe que faz a sua cabeça é o Flamengo? Aí o grau de dificuldade aumenta, ainda mais se o objetivo for ver o time disputar o título da Libertadores da América 2019 contra o River Plate, neste sábado, dia 23, a partir das 17h, em Lima, no Peru. E foi o que fizeram Romulo Henkerhoff e Enrico Teles Ouriques de Mello.
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Os dois embarcaram em Florianópolis sexta-feira (22) rumo a Lima para torcer para o Flamengo. Além do amor pelo clube, os dois também fazem parte da Embaixada Fla Floripa, que reúne rubro-negros na Capital para assistir aos jogos do clube. Para o administrador Enrico, manezinho que tem a "carteirinha" da Maternidade Carmela Dutra, todo o investimento e esforço irão valer a pena.
— Pelo Flamengo a gente vai onde precisar ir para torcer. É um momento único que o Flamengo tá vivendo, depois de 38 anos (o Flamengo venceu a Libertadores de 1981 exatamente no dia 23 de novembro, ao vencer o Cobreloa, do Chile, por 2 a 0, em Montevidéu), um momento histórico para a gente — conta ele, que conseguiu comprar o ingresso por R$ 340, obteve a passagem trocando milhas e reservou o hotel com antecedência.
Já para o médico Romulo Henkerhoff, carioca há cinco anos em Floripa, a emoção esteve em conseguir o ingresso para o jogo. Saber que havia conseguido o acesso para o Monumental de Lima foi uma emoção que ele compartilhou com um desconhecido
— Eu tive o prazer de abrir o site, meu dedo tremia na hora de apertar o ok. Na hora de apertar o "compre agora" eu tava muito tenso. No momento que eu comprei eu tava no Uber e aí eu falei com o cara: "sabe o que eu acabei de fazer? Eu acabei de comprar o ingresso para o jogo do Flamengo". Nossa, nós dois curtimos pra caramba, ele falou "que maneiro isso" e ficou felizão por mim também — explica ele, que disse ter ficado com o coração partido por não poder participar da festa que ele ajudou a organizar junto à Embaixada Fla Floripa.
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Flaloucos
Se a maior loucura, nas palavras de Enrico, foi sair de Floripa com a roupa do corpo e ver Ronaldinho Gaúcho estrear pelo Mengo, a volta que está programada após a final em Lima será uma verdadeira maratona.
— Eu tinha ingresso, tinha reserva do hotel e não tinha a passagem porque eu precisava trocar (de Santiago, local original do jogo alterado pela onda de protestos no Chile, para Lima), só consegui trocar minha passagem na terça-feira (dia 19). Eu volto na terça que vem, saio de Lima e vou para o México, de lá para São Paulo e chego só na quarta-feira em Florianópolis.
Se o Flamengo é uma religião, Romulo Henkerhoff faz questão de andar com o manto por onde quer que vá.
— Gosto muito de fazer trilha, de fazer umas coisas bem diferentes, trilha Inca, caminho de Santiago de Compostela e sempre levo a camisa do Flamengo. Eu fui para o Everest, fui até o acampamento base do Everest, foram 13 dias de trilha, e levei uma camisa do Flamengo, sempre que eu viajo eu levo para tirar um cartão postal, e essa aí talvez a mais louca de todas.
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