A cidade de Florianópolis apareceu no ranking de menores percentuais de arborização em concentrações urbanas no levantamento Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa quinta-feira (17).
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Os municípios de Brusque, Tubarão, Laguna, São Bento do Sul e Rio Negrinho também aparecem como destaque negativo no ranking. Nenhuma cidade catarinense apareceu entre as com maiores percentuais de arborização na pesquisa.
A arborização traz benefícios para o bem-estar dos habitantes, assim como benefícios ambientais, sociais e econômicos. A presença de árvores em áreas urbanas reduz a amplitude térmica e ilhas de calor, melhora a qualidade do ar e reduz os deslizamentos de terra.
O que o levantamento avaliou
O levantamento classificou a existência e a quantidade de árvores em três categorias: 1-2 árvores, 3-4 árvores e 5 ou mais árvores. Foram considerados árvores de forma visual por meio de contagem de espécie vegetal de porte arbóreo com altura superior a 1,7 metro somente em área pública.
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No Brasil, a média é de 66% de percentual de arborização com uma ou mais árvores. Santa Catarina fica abaixo desse valor, com um percentual de arborização de 41%, o segundo mais baixo do país, atrás de Sergipe (38,6%).
Analisando as vias de cidades catarinenses, 58,8% não têm nenhuma árvore, 15,8% têm de 1 a 2 árvores, 8,3% têm de 2 a 4 árvores e 16,9% dos trechos têm 5 ou mais árvores.
Florianópolis aparece no ranking de menores percentuais de arborização, com 32,8%. Também estão na lista Brusque (22,2%), que tem o menor percentual do país, Tubarão – Laguna (24,9%), São Bento do Sul – Rio Negrinho (31,6%).
No outro extremo, as cidades mais arborizadas são:
- Birigui (SP), com 98,4%;
- Sertãozinho (SP), com 97,5%;
- São José do Rio Preto (SP), com 97,3%;
- Maringá (PR), com 97,2%;
- Dourados (MS), com 97,1%.
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Cidades com maiores percentuais de arborização
Cidades com menores percentuais de arborização
34% da população vive em vias sem árvore
O levantamento mostra que a nível nacional 34% da população, equivalente a 59 milhões de pessoas, vive em vias sem nenhuma árvore. Em contrapartida, quase 115 milhões de habitantes (66% do total), residem em trechos de ruas arborizadas.
Entre a população que vive em ruas arborizadas, 36 milhões de pessoas (20,4%) vivem em locais com até duas árvores, 23,5 milhões (13,5%) em vias com três ou quatro árvores, e 56 milhões (32,1%) em vias com cinco árvores ou mais.
Para a análise, o IBGE classifica de forma diferente trechos distintos de uma mesma rua. Dessa forma, se a pessoa mora em uma parte da rua onde há árvores, o IBGE considera que ele mora em um trecho arborizado. Se outra pessoa mora em um trecho sem árvores, o órgão considera que ela mora em um trecho sem árvore.
O IBGE analisou 63.104.296 domicílios (69,5% do total) localizados em setores urbanos ou em setores rurais com características urbanas. Ao todo, foram consideradas as áreas onde moram 174.162.485 brasileiros, equivalente a 86% da população.
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Foram analisadas condições de infraestrutura urbana, como iluminação, arborização, pavimentação, transporte, calçadas, acessibilidade e sinalização.
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