Santa Catarina se destaca nacionalmente pela porcentagem de vias sinalizadas para bicicletas. É o que mostra o levantamento de Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (17).

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De acordo com a publicação, o Estado tem 5,2% das vias com sinalização para bicicletas, número bastante acima da média nacional, que é de 1,9%. Ainda, a porcentagem é a melhor do país, seguida do Distrito Federal (4,1%), Ceará (3,2%), Amapá (3,1%), Rio de Janeiro (2,5%) e Espírito Santo (2,5%).

Na outra ponta, os Estados que têm os piores percentuais de vias sinalizadas para esse tipo de veículo são:

  • Amazonas (0,5%);
  • Maranhão (0,5%);
  • Tocantins (0,6%);
  • Rio Grande do Norte (0,9%);
  • Goiás (0,9%) e
  • Rondônia (1,0%).

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A sinalização nos trechos de vias para bicicletas traz segurança aos ciclistas, e encoraja mais pessoas a utilizarem a bicicleta como meio transporte. A mudança de comportamento contribui para a sustentabilidade e redução da poluição, além de melhorar o trânsito nas áreas urbanas.

O que a pesquisa avaliou

A pesquisa levou em consideração ciclovias, ciclorrotas e ciclofaixas, incluindo temporárias, para lazer. Também foram consideradas sinalização vertical ou horizontal na pista de rolamento ou em calçadas compartilhadas.

Além da porcentagem estadual, o levantamento trouxe dados das cidades com maiores e menores percentuais de vias sinalizadas para bicicletas. Santa Catarina se destaca com sete cidades entre o ranking de maiores percentuais, liderando a lista:

  • Joinville tem o maior percentual do país (11,2%);
  • seguido de Jaraguá do Sul (9,8%);
  • Itajaí – Balneário Camboriú (7,2%);
  • Florianópolis (7,1%) e
  • Blumenau (6,8%).
  • Também no Vale do Itajaí, a cidade de Brusque é a última da lista de maiores percentuais, com 4,3%.

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Na outra ponta, quatro cidades brasileiras não tem nenhuma sinalização para bicicletas. São elas: Sant’Ana do Livramento (RS), Parintins (AM), Cametá (PA) e Jaú (SP). Confira abaixo os rankings dos maiores e menores percentuais.

Cidades com maiores percentuais de vias com sinalização para bicicletas

Cidades com menores percentuais de vias com sinalização para bicicletas

Florianópolis entre os maiores percentuais

A capital Florianópolis teve o quarto maior percentual nacional, atrás de outras cidades catarinenses, com 7,2% das vias com sinalização para bicicletas. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Manutenção da Cidade, a rede cicloviária do município tem mais de 250 quilômetros, o que representa a melhor média de quilômetro por habitante entre as capitais do país.

Atualmente, o município conta com ciclovias, ciclofaixas, ciclorrota e passeio compartilhado. Os trechos com sinalização para ciclistas estão concentrados na região central e continental da Ilha, como no Norte e no Leste da Ilha, e menor extensão no Sul da Ilha.

Florianópolis também conta com o Pró-Bici, grupo que representa os ciclistas e propõe soluções ao município, em contato com a administração municipal.

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Apesar da extensão da malha cicloviária, moradores e ciclistas reclamam da falta de conexão entre os trechos, o que dificulta a utilização da bicicleta como meio de transporte na cidade. Ainda, há reclamações sobre a infraestrutura, e relatos de acidentes com ciclistas, como o caso de Alexandre Palma, ciclista de 57 anos que morreu ao ser atingido por um carro no acostamento da SC-401, em Florianópolis.

A prefeitura tem planos de expansão em trechos que ainda não contam com ciclovias e que conectam o Centro aos bairros. Atualmente, está em andamento a obra da ciclovia na Av. Gov. Gustavo Richard, no Centro.

Ainda, outros trechos estão sendo feitos junto de outras reformas em vias, como em frente ao Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), que está com a ciclovia recém feita, segundo a prefeitura.

A cidade conta ainda com o sistema de bicicletas elétricas compartilhadas, administradas via empresa privada. Atualmente são 50 estações espalhadas pela cidade, o que fortalece o ecossistema de uso das bikes.

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