A Prefeitura de Florianópolis assinou, nesta segunda-feira (15), a ordem de serviço para a revisão do Plano de Mobilidade do município. A atualização deve durar cerca de 16 meses e, segundo a administração municipal, irá priorizar a mobilidade ativa — como deslocamentos a pé e de bicicleta — e o transporte coletivo.

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Conforme a prefeitura, a revisão é necessária porque o plano em vigor, de 2015, não está alinhado ao Plano Diretor aprovado em 2023. O trabalho será desenvolvido com apoio técnico da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Durante a coletiva, o prefeito Topázio Neto (PSD) relacionou a revisão do Planmob às diretrizes do Plano Diretor, que passou a priorizar a ideia de bairros mais autônomos.

— A partir desse redesenho, a cidade passa a incentivar microcentralidades, ou seja, que cada bairro seja autônomo naquilo que ele quer ser, onde a gente possa ter no bairro tudo aquilo que nós precisamos para viver, para nos divertir, para estudar, para trabalhar, sem que a gente tenha essa necessidade de ir ao Centro todas as horas — afirmou.

Etapas e produtos previstos

De acordo com o secretário executivo de Operações de Mobilidade, Moacir da Silva, a revisão do plano prevê a entrega de dez produtos. Entre as etapas estão a elaboração de um plano de trabalho, a composição de um grupo de acompanhamento e o levantamento de dados secundários e primários, além da organização de bases georreferenciadas.

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Após a fase de levantamentos, o trabalho avança para o diagnóstico da mobilidade no município, que deve subsidiar a elaboração de um plano de ação e de investimentos voltado à gestão do sistema.

O processo também prevê a participação social ao longo de toda a revisão e, ao final, a elaboração de um instrumento legal para orientar a implementação do novo plano.

— O termo de referência vai servir para uma minuta legal que possa ser um instrumento de continuidade, com políticas ligadas à cidade e não especificamente a uma gestão — disse.

Relação com o Plano Diretor

A secretária municipal de Planejamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Ivanna Tomasi, explicou que o Plano de Mobilidade é um dos planos setoriais previstos no Plano Diretor e que os dois documentos se complementam.

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— Antes, a gente acabava fazendo com que a cidade se espalhasse ao longo do território, ao invés de tentar concentrar e resolver o que a gente já tem ali onde já existe infraestrutura — disse.

Sobre o foco do novo plano, a secretária afirmou:

— É claro que o foco aqui é na mobilidade ativa, no caminhar a pé, no deslocamento por bicicleta e também, principalmente, no transporte coletivo — explicou.

Ivanna também destacou limitações para grandes intervenções viárias.

— Floripa já não tem muito mais como fazer grandes obras de mobilidade. O que a gente tem é realmente reforçar e melhorar a infraestrutura instalada — afirmou.