Florianópolis é a cidade catarinense com o maior número de casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, somando 81 registros, de acordo com dados da Estatística de Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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De acordo com o levantamento, em Santa Catarina, o total de casamentos civis em 2024 foi de 36,1 mil, um leve aumento em relação a 2023, quando foram registrados 35,7 mil. Desse total, 35,6 mil uniões em todo o Estado foram entre pessoas de sexos diferentes e 507 entre pessoas do mesmo sexo. Desses, 299 foram uniões de cônjuges feminino e 208 de masculino.

O Estado ocupa a oitava posição no país em número de casamentos. Os meses com maior número de celebrações foram novembro (10,79%) e dezembro (10,42%);

Em SC, Joinville lidera número de casamentos

No ranking municipal, Joinville lidera com 3,8 mil casamentos, seguida por Florianópolis, com 2,5 mil — desses, 81 são entre pessoas do mesmo sexo —, e Blumenau, com 1,8 mil.

A taxa de nupcialidade legal, número de casamentos para cada 100 mil pessoas com 15 anos ou mais, foi de 5,5 em Santa Catarina, ligeiramente abaixo da média nacional, que é de 5,6.

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Nos casamentos entre pessoas de sexos diferentes, a faixa etária mais comum para os homens foi de 25 a 29 anos (21,4%), mesma faixa que lidera entre as mulheres, com 23,47%.

Entre os homens que se casaram, 80,4% eram solteiros, 17,8% divorciados, 1,4% viúvos e 0,4% não
declararam estado civil. Entre as mulheres, 81,3% eram solteiras, 16,8% divorciadas, 1,5% viúvas
e 0,6% sem declaração.

Divórcios têm queda e SC fica em 7ª posição em ranking nacional

Santa Catarina registrou 16,5 mil divórcios judiciais e extrajudiciais em 2024, ocupando a sétima posição no ranking nacional. O número representa uma queda em relação a 2023, quando foram contabilizados 16,7 mil.

No Brasil, também houve redução: de 440 mil para 428,3 mil divórcios. A taxa geral de divórcios, que indica o número de separações para cada mil pessoas com 20 anos ou mais, ficou em 2,7 — mesma proporção observada no país.

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Joinville foi a cidade catarinense com maior número de divórcios, somando 1,5 mil registros, seguida por Florianópolis, com 1,1 mil, e Itajaí, com 774.

Entre os casais que se separaram, 19,54% estavam juntos havia 26 anos ou mais. A idade média na data da sentença é semelhante para homens e mulheres: entre 40 e 44 anos, concentrando 15,54% dos homens e 16,01% das mulheres.

Quanto ao regime de bens, a comunhão parcial predominou em 77,4% dos divórcios, seguida pela comunhão total, com 15%, separação de bens, com 6,9%, e 0,7% sem declaração. Segundo o IBGE, Santa Catarina se destaca como o Estado com maior proporção de comunhão total no país.

Nos divórcios judiciais, o arranjo familiar mais comum foi o de casal com filhos menores, presente em 49,4% dos casos, enquanto 28,6% não tinham filhos, 14,3% tinham apenas filhos maiores e 7,7% tinham filhos maiores e menores. A maioria dos casais tinha apenas um filho, representando 35,8% do total.

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Entre os casais com filhos menores, a guarda compartilhada foi registrada em 46,84% dos casos,
praticamente empatada com a guarda exclusiva da mãe, que ficou com 46,22%. Apenas 4,16% das guardas ficaram com o pai. A guarda compartilhada apresentou crescimento em relação ao ano anterior, indicando uma tendência de maior equilíbrio na responsabilidade parental após a separação.

*Sob supervisão de Vitória Loch