O custo da cesta básica teve queda em 15 das 27 capitais brasileiras no mês de julho, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita em parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) e divulgada nesta semana. Florianópolis, capital de Santa Catarina, se destaca por ter a maior queda (-2,64%).
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Depois da capital catarinense, as maiores quedas foram em Curitiba (-2,40%), Rio de Janeiro (-2,33) e Campo Grande (-2,18%).
Em outras 12 cidades, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou nesse mesmo período. As maiores altas foram registradas em capitais do nordeste, como Recife (2,80%), Maceió (2,09%), Aracaju (2,02%), João Pessoa (1,86%).
Veja as maiores quedas na cesta básica em julho por capital
- Florianópolis: -2,64%
- Curitiba: -2,40%
- Rio de Janeiro: -2,33%
- Campo Grande: -2,18%
- Brasília: -1,96%
- São Paulo: -1,91%
- Vitória: -1,91%
- Belém: -1,81%
- Goiânia: -1,22%
- Belo Horizonte: -0,82%
- Boa Vista : -0,61%
- Cuiabá : -0,51%
- Palmas : -0,22%
- Porto Alegre : -0,12%
- Manaus : -0,07%
Segundo maior valor da cesta
Apesar da queda registrada no mês de julho, Florianópolis ainda tem a segunda cesta básica mais cara entre as capitais do país, ao valor de R$ 844,89. Só perde para a cidade de São Paulo, onde os alimentos custam R$ 865,90. Na sequência vêm Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).
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Os menores valores são registrados nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, como em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
De acordo com a pesquisa, o valor da cesta corresponde a 60,17% do salário mínimo, que atualmente está em R$ 1.518,00. Ainda, são necessárias 122 horas e 27 minutos de trabalho, considerando o salário mínimo, para comprar uma cesta básica. A variação no ano foi de 4,38% e nos últimos 12 meses foi de 7,94%.
Cesta e salário mínimo
O levantamento estima ainda, com base na cesta mais cara, sendo em julho a de São Paulo, e considerando a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, qual deveria ser o valor do salário mínimo.
Levando em conta os indicadores do mês de julho, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.274,43, ou 4,79 vezes o mínimo atual de R$ 1.518,00.
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Ainda, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica nas 27 capitais pesquisadas foi de 103 horas e 40 minutos, menor do que no mês anterior, quando ficou em 104 horas e 03 minutos.
A estimativa quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, é que o trabalhador que recebe esse valor tenha comprometido em média no mês de julho 50,94% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos.
Variação dos produtos
Entre os meses de junho e julho, o preço do quilo da batata diminui nas 11 cidades avaliadas. Já o preço do quilo do arroz caiu em quase todas as cidades, exceto em Recife (0,65%). Florianópolis se destaca entre as maiores quedas (-5,04%) do valor do produto.
O preço do feijão caiu em 24 capitais, também com Florianópolis (-5,23%) entre as maiores quedas. O quilo do café em pó caiu em 21 das 27 cidades pesquisadas no período, com somente seis cidades registrando alta.
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Já os valores da carne bovina de primeira tiveram comportamento variado nas 27 cidades analisadas, com aumento em 11 capitais, e quedas em outros 16 municípios. O preço do quilo do açúcar sofreu queda em 22 das 27 cidades pesquisadas, com Florianópolis (-8,27%) entre as principais reduções.
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