A greve dos trabalhadores dos ônibus da Grande Florianópolis continua por tempo indeterminado.
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Depois de seis horas de negociações, os representantes dos sindicatos dos motoristas e cobradores e das empresas não conseguiram entrar em consenso, e a prefeitura encerrou as negociações, na noite desta terça-feira. A tendência agora é que o impasse seja resolvido na Justiça.
De acordo com o prefeito da Capital, Dário Berger (PMDB), ainda não é possível afirmar se o valor das passagens do transporte coletivo, responsável pelo atendimento diário de cerca de 200 mil pessoas, sofrerão um reajuste. Esta decisão depende do resultado do futuro acordo judicial.
– Eu cheguei a exaustão. Para mim as negociações estão encerradas. Como não houve consenso só resta agora o caminho da Justiça e o dissídio coletivo deve ser instaurado. Depois da decisão da Justiça, cabe ao município decidir se vai aumentar o subsídio ou reajustar as passagens – afirmou o prefeito.
O encontro reuniu 13 pessoas no auditório do Ministério Público do Trabalho, entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (Sintraturb), Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros da Grande Florianópolis (Setuf), prefeitura, Guarda Municipal.
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Nesta quarta-feira, a partir das 10h, os representantes do Setuf e do Sintraturb vão se reunir mais uma vez no Ministério Público do Trabalho (MPT).
Impasses
Desentendimentos quanto às questões financeiras, sindicais e trabalhistas estiveram entre os principais impasses travados na reunião de terça-feira .
– Queremos uma proposta oficial que contemple determinados pontos, em especial a questão dos cobradores porque nenhuma cláusula, entre as 72 reivindicações, é mais importante para nós do que esta – destacou o assessor político do Sintraturb, Ricardo Freitas.
Segundo Freitas, até o momento o setor patronal não apresentou nenhuma proposta para ser debatida e discutida com a categoria. Quanto à recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para que 70% da frota circule em horário de pico e 30% em outros horários, o assessor político do Sintraturb informou que nenhum decisão foi tomada.
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Segundo o procurador-chefe do MPT, Acir Alfredo Hack, o não-cumprimento da determinação implica em multa que pode chegar a R$ 50 mil por dia, tanto para o Setuf quanto para o Sintraturb.
Ocorrências
No primeiro dia da greve, a Guarda Municipal de Florianópolis registrou 25 ocorrências, entre tentativas de furto, na passarela da ponte Colombo Salles e Mercado Público, e brigas entre motoristas de vans, de mototáxis e taxistas.
À noite, um cinegrafista trabalhando para a RBS TV foi agredido por manifestantes ligados aos trabalhadores em transporte coletivo quando fazia filmagens próximas ao Terminal de Integração do Centro (Ticen). Uma ocorrência sobre a agressão ao profissional foi registrada na 1ª Delegacia de Polícia.
 
				