Um amplo e novo estudo publicado no British Journal of Sports Medicine traz uma excelente notícia e um forte alerta para a comunidade oncológica: pacientes que conseguem preservar a força muscular e a capacidade cardiorrespiratória não apenas respondem melhor ao tratamento, mas também vivem mais.
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Essa descoberta transforma o condicionamento físico de um coadjuvante para um fator decisivo de sobrevida no cuidado contra o câncer.
Os pesquisadores, portanto, consolidam a ideia de que a atividade física não é apenas uma questão de qualidade de vida, mas uma peça-chave no prognóstico. O trabalho analisou 42 estudos, que incluíram mais de 46 mil pacientes com diversos tipos e estágios da doença.
Através de testes simples, como a preensão manual e exames cardiorrespiratórios, o objetivo principal foi entender a correlação direta entre o corpo forte e a longevidade.
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O resultado dessa análise reforça, de forma inegável, a importância da avaliação funcional e da inserção de exercícios na rotina de quem está enfrentando o câncer.
O que dizem os números: menor risco de morte
Os dados do estudo são bastante animadores e mostram a conexão clara entre a força e a sobrevida. Pacientes que apresentaram maior força muscular registraram um risco de morte por todas as causas entre 31% e 46% menor.
Da mesma forma, aqueles com um melhor condicionamento cardiorrespiratório tiveram uma redução de 18% na mortalidade.
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Quando os pacientes conseguiram combinar os dois fatores, a queda no risco de morte variou entre 8% e 46%, um resultado significativo mesmo entre pessoas com câncer em estágio avançado.
O músculo reflete o prognóstico
Especialistas da área explicam que o músculo atua como um verdadeiro termômetro da saúde do paciente oncológico.
A oncologista Ludmila Koch, do Einstein Hospital Israelita, conta ao Metropoles que: “O estudo mostra que o músculo ajuda a elaborar o prognóstico. Sua quantidade e, principalmente, sua performance refletem a capacidade de o organismo enfrentar o estresse oncológico e terapêutico”.
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Isso acontece porque a perda de massa magra e força muscular, conhecida como sarcopenia, é reconhecida como um biomarcador de fragilidade e de pior prognóstico na oncologia.
Essa condição está associada a uma menor tolerância aos tratamentos, maior risco de toxicidade, complicações cirúrgicas e, consequentemente, à redução da qualidade e da expectativa de vida.
Exercícios entram no plano de cuidado
Sendo assim, o estudo sugere que incorporar testes simples e rápidos de função muscular, como a popular caminhada de seis minutos, pode ajudar significativamente a equipe médica na estratificação de risco e no acompanhamento.
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Além da avaliação, o trabalho reforça a necessidade de intervenções com exercícios, que devem ser sempre seguras e adaptadas à condição de cada pessoa.
Tanto os exercícios resistidos (como a musculação leve) quanto os aeróbicos fazem parte de um plano de cuidado oncológico moderno e completo, conforme enfatiza a oncologista do Einstein: “Não apenas para qualidade de vida, mas potencialmente com impacto no prognóstico e na chance de sobrevida”.
- Texto com informações do portal Metrópoles.
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