Um abrigo de mulheres vítimas de violência em Florianópolis mobilizou uma força-tarefa de diversos órgãos após acolhidas ficarem desassistidas. O caso teria ocorrido após funcionários deixarem os postos de trabalho na noite de sexta-feira (5). As residentes do abrigo teriam ficado sem atendimento e vulneráveis a riscos de invasões externas. As informações são da Procuradoria da Mulher na Câmara e da prefeitura da Capital.
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Conforme a Secretaria de Assistência Social, a entidade responsável pela casa da mulher abandonou a função, mesmo com o contrato vigente. Entretanto, as mulheres acolhidas estão sendo acompanhadas por técnicos da assistência social e também por funcionários da casa, com toda a segurança e responsabilidade necessária. A entidade, por outro lado, será notificada e deve retomar os serviços.
Além da Secretaria de Assistência Social, o Ministério Pública (MPSC) e a Polícia Civil também foram mobilizados para atender o caso para evitar risco às riscos às mulheres. Nos abrigos, são atendidas mulheres em vulnerabilidade e risco grave de violência doméstica, que precisam de proteção especializada do Estado.
O MPSC informou que, ao tomar conhecimento do suposto fechamento da Casa de Atendimento para Mulheres na Grande Florianópolis, acionou os órgãos responsáveis, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, para verificar a situação, garantir a segurança e assegurar a continuidade dos serviços essenciais prestados às mulheres que necessitam de acolhimento.
Além disso, o MPSC, através das Promotorias de Justiça que respondem pelo plantão (6ª Promotoria de Justiça e 15ª Promotoria de Justiça da Capital), segue acompanhando o caso de perto, em regime de prontidão, e permanece à disposição da comunidade para qualquer demanda relacionada à defesa dos direitos das mulheres e à proteção de vítimas de violência.
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Apesar do problema ter sido controlado, fontes ouvidas pelo NSC Total, destacaram que durante o período em que o atendimento não estava completo, as mulheres ficaram vulneráveis a agentes externos e que alguns problemas relacionados à estrutura da casa de abrigo são frequentes.
A Procuradoria da Mulher na Câmara de Vereadores de Florianópolis, por exemplo, já apresentou diversos ofícios para que a segurança do local seja reforçada. Um dos pedidos é para que o muro e o portão da casa sejam aumentados. O órgão também solicitou a implementação de escolta armada no local para reforçar a segurança. Sobre o tema, a prefeitura de Florianópolis não respondeu à reportagem até a publicação da matéria.

