Conhecida como a ‘Capital do Vinho’ em Santa Catarina, Urussanga foi fundada em maio de 1978 por imigrantes italianos. A cidade situada no Sul do Estado completa 147 anos nesta segunda-feira (26), e ainda mantém vivas as tradições coloniais.
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A crise que atingiu a Itália no final do século XIX, contribuiu para a colonização da terra brasileira que depois passou a se chamar Urussanga. Em 21 de novembro de 1876, o engenheiro Joaquim Vieira Ferreira foi até o povoamento da região das cabeceiras do Rio Tubarão.
O local era habitado pela população indígena, e passou a receber imigrantes de Longarone, Lombardia, Friuli e Trentino Alto Adige. A viagem dos imigrantes até o alojamento preparado por Joaquim foi realizada de navio até o porto de Laguna, seguindo pelo Rio Tubarão e caminhando pelas matas, ou com o auxílio de carros de bois.
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Desde então, os imigrantes, sob organização do engenheiro, tomaram posse de terras, com fins de moradia, cultivo e trato com animais. Os imigrantes italianos chegaram a Urussanga definitivamente em 26 de maio de 1878, sendo essa considerada a data oficial de fundação da cidade.
O Distrito de Urussanga foi criado por meio do Decreto Estadual nº 84, de 03 de junho de 1891. Reconheceu-se como Município o até então Distrito de Urussanga a partir de seu desmembramento de Tubarão, oficializado por meio da Lei Estadual nº 474, de 6 de dezembro de 1900.
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Atualmente, o município conta com uma população de 21 mil habitantes e mantém de pé a tradição italiana, com festas típicas, eventos culturais e um pouco do estilo de vida do passado.
Veja fotos antigas de Urussanga
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Polo mundial da uva Goethe
A uva Goethe chegou ao município no século XIX com os imigrantes italianos. Conforme foi se adaptando ao local, ela foi difundida pelos colonos na região. Atualmente, Urussanga faz parte dos Vales da Uva Goethe, onde está toda a produção da fruta e seus derivados.
Os vales compreendem também Pedras Grandes, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Treze de Maio, Nova Veneza, Içara e Orleans. Para se chegar a denominação destes vales, foi necessária uma Indicação Geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), a primeira de Santa Catarina.
Benedetta, como é conhecida carinhosamente por habitantes antigos, a cidade conta com quatro das seis vinícolas da região, que tem uma produção superior a 60 hectares de vinhedos. O que faz as uvas serem uma exclusividade do local são algumas características únicas, como clima, solo, questões pluviométricas e outros diversos fatores.
As frutas são apanhadas dos parreirais entre janeiro e fevereiro. Já os vinhos, geralmente, ficam prontos entre junho e julho. A partir daí são produzidos os vinhos tranquilos, que são utilizados para a elaboração dos frisantes, os vinhos com gás.
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Após mais de oito meses, ocorre a segunda fermentação, dentro da própria garrafa, gerando o espumante. Para serem considerados vinhos Goethe, eles passam por análises de especialistas, que verificam sabor, cor e aroma. O resultado final são vinhos brancos procurados por apreciadores de todo o mundo.
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