Fotos reveladas ainda em preto e branco mostram como começou um dos hospitais mais antigos de Joinville, que completa 108 anos nesta terça-feira (12). Com o avanço do tempo, a unidade batizada de Hospital Dona Helena se expandiu, tanto em estrutura quanto em qualidade, atendimento e tecnologia, tornando-se, um século depois, um dos maiores hospitais da cidade mais populosa de Santa Catarina.

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O negócio foi iniciado em 1916 por Helena Trinks Lepper para atender um jardim de infância e um ancionato, na época chamado de Associação de Socorro das Senhoras Evangélicas. As equipes de enfermagem e técnica eram compostas por irmãs diaconisas. Logo depois, novas profissionais se juntaram ao local para cuidar da saúde dos joinvilenses. 

O local começou a tomar forma de hospital quando o médico Norberto Bachmann trouxe o primeiro paciente até a unidade, ainda na década de 1920.

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Nessa época, as mulheres passaram a se dedicar aos estudos, realizando cursos de habilitação e operação de equipamentos. Eram elas quem operavam todas as máquinas disponíveis na medicina na década de 1920.

Com muito trabalho voluntário, os recursos também tinham origem na ajuda comunitária. As voluntárias se mobilizam para buscar ajuda financeira para manutenção e ampliação. Em 1965, por exemplo, foi realizado  um evento para arrecadar fundos para a primeira grande ampliação da unidade hospitalar.

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Já na época, como aponta o livro “Hospital Dona Helena: 100 anos”, o estabelecimento se preocupava com todos os cuidados básicos para manter as boas condições de saúde dos pacientes, desde uma boa alimentação até um ambiente confortável e asséptico. 

Com o passar dos anos, o hospital foi ganhando novos setores. Em 1950, as mães parturientes eram grande parte dos pacientes atendidos na unidade. Outros avanços vieram ao longo do tempo. Em 1992, por exemplo, foi inaugurado o Centro de Diagnóstico de Imagem. Vinte anos depois disso, foi instalado o Serviço de Oncologia do hospital, com equipe multidisciplinar. 

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Últimos avanços

Nos últimos anos, o Hospital Dona Helena tem passado por um ciclo de expansão e ampliação de serviços. Há quase seis meses, por exemplo, realizou a primeira cirurgia via robótica, com equipamento de última geração fabricado pela empresa pioneira nesta técnica em âmbito mundial. O programa credenciou médicos da região e qualificou equipes de profissionais para trabalhar com a nova tecnologia. 

— O Dona Helena é uma instituição privilegiada, com passado primoroso. Ao longo de 108 anos, foi agregando valor, ampliando e se desenvolvendo. Nossa história é uma história de desenvolvimento. Baseado nessa longa trajetória é que podemos projetar um desenvolvimento futuro com tranquilidade muito maior, porque já faz parte do nosso DNA, sempre estar um passo à frente, atentos ao comportamento da população e do mercado, às tendências tecnológicas, e tentando nos antecipar a tudo isso — diz José Tadeu Chechi, diretor do Hospital Dona Helena.

Também foi anunciada a instalação de duas clínicas externas ao seu tradicional endereço. Uma na Zona Sul, em um shopping-center, e outra na Zona Norte, em um parque empresarial. 

— A tendência é de que a gente coloque procedimentos de menor complexidade na clínica. Isso naturalmente pode abrir espaço na Rua Blumenau, para ampliar a estrutura de alta complexidade. O que vai ocorrer é uma distribuição melhor das agendas, dependendo da necessidade do paciente. Um exemplo: o paciente que vai passar por uma consulta dermatológica, procedimento até certo ponto simples, não precisa vir até a Blumenau. Aí eu abro espaço para um procedimento mais complexo — explica Chechi

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Conforme o diretor, a intenção é agregar atendimentos, otimizando o uso dos espaços. A expectativa é de que se possa ampliar o atendimento na parte cardiológica, principalmente, entre outras áreas relevantes e com demanda elevada, para diminuir o tempo de atendimento. 

Para Chechi, o Dona Helena já inova há tempo, fazendo inovação desde o momento em que trouxe a primeira ressonância magnética para o hospital há mais de 20 anos, por exemplo. 

— A inovação está presente no nosso dia a dia. […] Hoje, não somos um hospital, somos um sistema de saúde. O que fazemos aqui vai desde o atendimento primário, com as consultas ambulatoriais, os tratamentos, o acompanhamento, os exames, as cirurgias. É isso que desejamos transmitir para a sociedade joinvilense. O Dona Helena é o local onde o paciente pode resolver o seu problema desde o primeiro momento, desde a sua consulta até o seu tratamento, com todo o acompanhamento necessário — afirma.

O futuro do hospital centenário

Checi diz que o Hospital Dona Helena, nos próximos 20 anos, terá uma pegada ainda mais tecnológica e a relação do hospital com o paciente tende a ser cada vez mais profunda e mais próxima. 

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— O hospital vai se aproximar do paciente, e os nossos profissionais também precisarão ter uma mentalidade mais preventiva, e não apenas curativa. A tendência é de que as pessoas não precisem operar, internar. O hospital trabalhando como uma unidade que ajuda a pessoa a não ficar doente. Acho que esse será o nosso futuro. E estaremos sempre preparados para atender às demandas crescentes da cidade e da região — finaliza.

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