Ainda que tenha se tornado a queridinha do turismo em Santa Catarina, Pomerode também mantém traços do passado que podem ser percebidos nos dias atuais. Em meio às atrações que encantam o público, casas no estilo enxaimel, com jardins bem cuidados, remetem àquela mesma cidade do interior de décadas atrás. A diferença é que, naquela época, a “pequena Alemanha” não era conhecida como a potência que é hoje no setor e nem sequer recebia cerca de 200 mil visitantes por ano.

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Fotos antigas revelam que, apesar disso, o charme das ruas sempre foi uma característica marcante do local, assim como a simplicidade e o capricho dos mais de 30 mil moradores que vivem no município atualmente.

Era 1863 quando os primeiros colonizadores chegaram ao que, hoje, se conhece como Pomerode. À época, a região ainda era uma colônia de Blumenau, vindo a se separar da maior cidade do Vale do Itajaí somente em janeiro de 1959. A economia era baseada na agricultura familiar, o que não se vê mais com tanta frequência nos dias atuais.

Isso porque, segundo dados da Epagri, há 765 estabelecimentos agrícolas no município. Destes, porém, apenas 40 têm a terra como a própria fonte de renda, o que mostra que a prática se tornou, com o passar do tempo, mais um modo de vida do que um trabalho em Pomerode.

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Hoje, além da agropecuária e da indústria, a cidade também se encontrou no turismo, que começou a se desenvolver na década de 1980. Assim, sustentada nas heranças culturais que seguem sendo preservadas na região, a “pequena Alemanha” atraiu olhares do público ao conquistar um sentimento de nostalgia que nem todo lugar é capaz de proporcionar aos visitantes.

Descubra como era Pomerode no passado

A análise foi feita por Manfredo Goede, presidente da Associação Visite Pomerode, em entrevista ao NSC Total. De acordo com ele, mesmo sem estar localizada na Serra catarinense ou no litoral, a cidade conseguiu construir uma vocação turística natural ao apostar na gastronomia e na própria cultura como principais atrativos.

Por isso, as simpáticas casas enxaimel seguem firmes pelas ruas do município desde que a técnica chegou ao Vale do Itajaí através dos imigrantes alemães. Agora, porém, elas se misturam com os parques temáticos, zoológico e museus interativos espalhados no Centro da cidade.

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O resultado dessa combinação? Uma potência que vem se consolidando como destino turístico em qualquer estação do ano enquanto ainda mantém os “ares” de uma cidade do interior de décadas atrás. E é assim que presente e passado andam juntos em Pomerode, independente do correr do relógio.

*Sob supervisão de Augusto Ittner

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