Uma mulher foi presa em flagrante pelo crime de maus-tratos contra cachorros em Florianópolis. Os animais, sem raça definida e da raça shih tzu, foram encontrados em situações precárias pela polícia nesta segunda-feira (10). Ação ocorreu em conjunto com a Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea).

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Os cachorros foram localizados no bairro Pântano do Sul. A operação foi motivada por denúncias e imagens que mostravam a tutora sendo negligente nos cuidados com os animais. Antes, a Dibea já havia realizado visitas ao local, mas os agentes sempre foram recebidos com resistência pela tutora.

Os cachorros foram encontrados em ambiente insalubre, confinados, sem água e alimentação disponíveis. Além disso, ambos estavam em estado de extrema magreza, com problemas de pele identificados pela equipe. O imóvel estava bastante sujo, com fezes e odor fétido, segundo a polícia.

Veja fotos da situação de maus-tratos em Florianópolis

Os cachorros foram resgatados pela Dibea de Florianópolis. Eles foram encaminhados para atendimento veterinário e serão disponibilizados para adoção.

Já a tutora foi presa em flagrante. Ela foi encaminhada para a Central de Plantão Policial da Capital e permanece à disposição do Poder Judiciário.

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Crime de maus-tratos

Segundo a Polícia Civil, é considerado crime de maus-tratos a prática de qualquer ato que cause dor ou sofrimento a animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos, incluindo:

  • Ferir, mutilar, envenenar ou fazer rinha;
  • Zoofilia;
  • Abandono de animais;
  • Não dar comida ou água diariamente;
  • Manter em locais pequenos sem higiene e/ou circulação ou manter o animal desprotegido de condições climáticas;
  • Causar sofrimento através de métodos de punição com intuito de treinar ou exibir o animal;
  • Negar assistência veterinária.

A pena para esse tipo de crime contra gatos ou cães é de dois a cinco anos de reclusão, enquanto contra outros animais pode chegar a um ano. Além disso, o autor da agressão também precisa pagar uma multa e é proibido de ter a guarda do animal.

— Nós precisamos muito da sociedade. A segurança pública é dever do estado mas ela é direito e responsabilidade de todos, então precisamos de uma consciência social para que haja denúncia via 181 ou através do WhatsApp — disse o delegado da Polícia Civil, Diego Medeiros.

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*Sob supervisão de Luana Amorim