Para quem vive ou conhece Blumenau, é curioso observar o quanto a cidade mudou. Fotos antigas mostram outro município não só pela ausência de ruas que hoje existem, como pelas características de um “cantinho colonizado”. Vias estreitas e de barro, carroças puxadas por cavalos, os poucos imóveis construídos em estilo alemão e uma tranquilidade que é possível perceber mesmo em imagens em preto e branco.
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Os registros pouco conhecidos estão em um acervo do Instituto Moreira Salles. São fotos da Blumenau do começo de 1900, poucos anos depois da morte do fundador alemão Hermann Bruno Otto Blumenau (1899), que desembarcou na cidade em 2 de setembro de 1850 com mais 17 colonos.
Antes de se tornar o centro econômico do Vale do Itajaí com destaque para as indústrias têxtil e a famosa pela Oktoberfest, Blumenau era enorme por outra razão. O município abrangia, em 1900, toda a área do Médio e Alto Vale. Entre os moradores já havia o núcleo italiano, que se estabeleceu em povoados como Rio dos Cedros, Rodeio, Ascurra, Apiúna e Nova Trento.
Onde hoje é o Centro de Blumenau, os alemães fizeram casas e a igreja matriz (no mesmo terreno da atual catedral). A Rua XV era muito diferente e surgiu com outro nome: Wurtstrasse (ou Rua da Linguiça), por ser estreita e cheia de curvas. Em 1902 teve o traçado modificado para se tornar menos sinuosa.
Em 1903, serviu de passagem para o primeiro automóvel da cidade, contam os registros históricos. Em 1923, a XV começou a receber calçamento ganhando o título de primeira via calçada do interior de Santa Catarina, resistindo por quase 80 anos sem alteração. A mudança veio em 1999, ano em que começou a retirada dos paralelepípedos colocados na década de 1920 para serem substituídos pelas lajotas coloridas que ainda compõem a paisagem.
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