Uma construção centenária chama a atenção de quem passa pela área central de Joinville, no Norte catarinense, até os dias atuais. Trata-se da chaminé da antiga fábrica da Wetzel, inaugurada na década de 1920, e que continua de pé, mesmo com a saída da empresa do local. Hoje, no mesmo endereço, funciona uma faculdade e, a partir desta sexta-feira (12) também uma nova praça.
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A chaminé, localizada na Rua Senador Felipe Schmidt foi e continua sendo um ícone da empresa na cidade e, também, representa o crescimento da indústria joinvilense, segundo o historiador e coordenador do Arquivo Histórico, Dilney Cunha.
— É um símbolo desse progresso industrial nos anos 1920, quando ela é construída. E Joinville, nessa época, deixava de ser uma colônia e era uma referência no estado, inclusive, era chamada de Manchester catarinense, justamente por conta do parque fabril que estava estabelecido aqui e só aumentava. A Wetzel também é sinal disso, principalmente a partir de 1932, quando é criada a metalúrgica. Deixa de se fabricar vela de sabão, que foi a finalidade inicial — explica Dilney.
Com a chegada de investimentos na cidade, como energia elétrica, a empresa resolveu mudar de ramo, marcando o crescimento industrial e metalúrgico de Joinville.
A empresa ainda existe, hoje, em outro endereço. Porém, a estrutura na Rua Senador Felipe Schmidt segue de pé. Atualmente, há um campus do Centro Universitário Católica de Santa Catarina nas instalações da antiga fábrica.
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Além disso, a partir desta sexta-feira (12), o conjunto histórico da antiga fábrica Wetzel vai virar uma praça pública. O espaço foi projetado como um ponto de pausa e contemplação da arquitetura histórica, com bancos amplos e piso em revestimento de borracha, permitindo diferentes perspectivas de observação da chaminé, da Casa Wetzel, da Capela Universitária e de outros edifícios históricos do conjunto.
— Quem passar por ela, pela chaminé que agora vai ser reaberta ao público, está praticamente passando por um ponto histórico extremamente importante para o desenvolvimento da cidade. Ela é um patrimônio tombado, um patrimônio industrial da cidade, um símbolo dessa fase do crescimento e da industrialização do município — finaliza.
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