A liderança de SC no volume de exportações de frango está cada vez mais ameaçada pelo Paraná, com a diferença tendo chegado a menos de 1% no final do primeiro semestre. No entanto, os catarinenses ainda garantem folga nesse mercado graças ao faturamento que conseguem com suas vendas – cerca de 15% maior que a dos paranaenses.

Continua depois da publicidade

Em SC, as vendas somaram 486 milhões de quilos, com faturamento de US$ 975 milhões, no primeiro semestre de 2008. No Paraná, o volume ficou em 483 milhões de quilos e a receita em US$ 841 milhões. Na comparação com o mesmo período do ano passado, os paranaenses conseguiram crescer 20%, enquanto os catarinenses ficaram nos 11%.

Apesar do aumento limitado em volume, por se encontrar próximo de sua fronteira agrícola, SC ganha rendimento nos negócios do frango agregando valor ao produto.

Enquanto outros locais vendem principalmente carne in natura e o animal inteiro, os catarinenses oferecem frangos em cortes e produtos elaborados em suas agroindústrias, como indica o presidente do Sindicato Patronal dos Criadores de Aves de SC (Sincravesc), Valdemar Kovaleski.

O Estado ainda mantém a liderança em exportações de frango, com 26,4% do volume vendido pelo Brasil, mas já perde do Paraná na produção total.

Continua depois da publicidade

No Brasil, o crescimento no volume de exportações foi de aproximadamente 20%, conforme dados divulgados ontem, pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef). O volume de exportações do país somou 1,8 bilhão de quilos, entre janeiro e junho, com faturamento total de US$ 3,3 bilhões.

De acordo com o presidente da associação, Francisco Turra, os resultados foram positivos tendo em vista, principalmente, dificuldades com a desvalorização do dólar e o aumento de insumos, como o milho usado na ração das aves. O preço do frango brasileiro no mercado internacional subiu cerca de 10% em dólar, entre janeiro e maio.

O bom desempenho, para Turra, deve-se à consolidação da imagem do Brasil de cumpridor das exigências sanitárias internacionais, o que favorece a entrada em novos mercados. Recentemente, o Chile passou a comprar frango brasileiro e grandes consumidores como a China continental e a Índia devem fazer o mesmo em breve.