Com suas pernas longas, pescoço sinuoso e voo majestoso, a garça-real é uma das aves mais emblemáticas dos ambientes aquáticos. Encontrada em diversos continentes — da América à Ásia, passando pela Europa e África — essa ave é símbolo de paciência e precisão, eternamente associada à imagem serena de alagados, lagos e manguezais.
Continua depois da publicidade
Clique e participe do canal do Hora no WhatsApp
Embora não seja famosa por realizar migrações longas como as andorinhas ou os gansos, a garça-real desenvolveu uma estratégia de sobrevivência baseada na adaptação local. Sua presença estável em diversos habitats mostra que, mais do que migrar, ela sabe ocupar e transformar o ambiente em seu território.
Siga as notícias do Hora no Google Notícias
Continua depois da publicidade
Um habitat que se estende pelo mundo
A garça-real é uma ave cosmopolita. Habita terras baixas próximas a corpos d’água, geralmente em altitudes inferiores a 900 metros, embora em alguns países, como Venezuela e Equador, ela possa ser encontrada até mesmo em altitudes menores, devido à disponibilidade de áreas úmidas.
A espécie é altamente adaptável: vive bem em pântanos, rios, lagoas, estuários e zonas costeiras, sempre em busca de águas rasas, ideais para sua técnica de caça. A garça-real é uma caçadora paciente — pode permanecer imóvel por longos períodos, esperando o momento exato para capturar um peixe, sapo ou inseto aquático com seu bico afiado e preciso.
Migrações discretas, mas estratégicas
Diferente de outras aves migratórias que atravessam oceanos e continentes, a garça-real realiza deslocamentos locais ou regionais. Esses movimentos sazonais estão geralmente ligados à disponibilidade de alimento ou à necessidade de encontrar locais mais adequados para nidificação.
Continua depois da publicidade
Esses deslocamentos, muitas vezes silenciosos e sutis, formam o que se pode chamar de “migração silenciosa”, na qual a ave se move conforme as águas recuam ou avançam, ou conforme as estações alteram a paisagem. Em certas regiões da Europa e da Ásia, por exemplo, a garça-real realiza movimentos regulares entre zonas temperadas e tropicais, fugindo do frio intenso e retornando com a primavera.
Solitária, mas sociável quando convém
Em seu dia a dia, a garça-real costuma ser solitária ou formar pequenos grupos, especialmente ao caçar. Porém, em determinadas épocas, como na reprodução, pode se reunir em colônias com dezenas de indivíduos, construindo ninhos altos em árvores próximas à água.
Essas colônias oferecem proteção e facilitam a reprodução, mas logo após a temporada de acasalamento, cada garça volta à sua rotina solitária — discreta, silenciosa e vigilante.
Continua depois da publicidade
Um símbolo da paciência e da precisão
A garça-real é mais do que uma ave bonita: ela desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico dos ambientes aquáticos, controlando populações de peixes e insetos e servindo de indicador da saúde dos ecossistemas. Sua presença (ou ausência) pode revelar muito sobre a qualidade da água e os impactos ambientais na região.
Leia também
Quando será a próxima “Lua de Sangue”? Veja as datas
Conheça a ilha que transforma esterco de 1 milhão de vacas em combustível