A Google firmou contrato com uma startup brasileira para reflorestar a Amazônia. O acordo – o maior da companhia para remoção de carbono – foi assinado com a Monbak, empresa brasileira especializada no assunto, que passa a ser a maior fornecedora de créditos de remoção carbono para a Big tech americana.

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O acordo prevê a compensação de 200 mil toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono, volume quatro vezes maior do que o testado no acordo-piloto firmado em 2024, por meio de projetos de reflorestamento em pastagens degradadas, transformando-as em floresta nativa e rica em biodiversidade.

A expansão do investimento reflete a crescente demanda das grandes empresas de tecnologia por créditos de carbono de alta qualidade — um movimento impulsionado, em parte, pela necessidade de compensar as elevadas emissões geradas pelos data centers intensivos em energia, especialmente com o avanço da Inteligência Artificial.

A transação não teve o valor financeiro revelado, mas reforça a aposta em soluções baseadas na natureza, consideradas pelo Google como a “tecnologia de menor risco” para a redução de carbono atmosférico.

Google, big techs e o foco na compensação

O aumento na emissão de dióxido de carbono, impulsionado pela crescente utilização de IA e montagens de data centers, fez com que as gigantes da tecnologia se unissem para compensar esse crescimento.

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Foi nesse cenário que surgiu a Symbiosis Coalition, formada por Google, Meta, Microsoft e Salesforce, que visa adquirir 20 milhões de toneladas de créditos de remoção de dióxido de carbono até 2030. Os créditos precisam ser de alta qualidade, como os gerados por reflorestamento, centro do acordo da Google com a Mombak.

O que são os créditos de remoção de carbono

O acordo da Google e o foco da aliança firmada entre as big techs se baseia na compra dos chamados créditos de remoção de carbono, que são instrumentos financeiros que representam a remoção efetiva de uma tonelada métrica de dióxido de carbono da atmosfera através de iniciativas de longo prazo, como os reflorestamentos e reutilização de matérias primas retiradas da natureza.

Os créditos de remoção são gerados por projetos que ativamente sugam o carbono que já está no ar — como o reflorestamento, que utiliza a fotossíntese para sequestrar o CO2​ em biomassa, ou tecnologias de captura direta do ar.

Empresas e indivíduos compram esses créditos no mercado voluntário de carbono como forma de compensar suas emissões residuais e alcançar metas de neutralidade.

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