A ordem executiva publicada pela Casa Branca nesta sexta-feira (14), que reduziu as tarifas aplicadas pelos Estados Unidos em produtos como carne, café, açaí e algumas frutas, foi vista de forma positiva pelo governo e por exportadores brasileiros. As informações são do g1.
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O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura (MAPA), Luis Rua, afirma que a redução vale para a tarifa de 10% aplicada em abril pelo governo Trump a diversos países, incluindo o Brasil, e não ao chamado “tarifaço”, que passou a valer em agosto, com uma tarifa adicional de 40%.
A mudança foi classificada como uma “boa notícia” pelo embaixador Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD). Contudo, ambos disseram que seguem atentos a outros itens que estão incluídos no tarifaço e que ainda não tiveram flexibilizações.
Celso Amorim afirmou ao g1 que, no caso do café e da carne a medida foi geral, e não direcionada ao Brasil. Ele comemorou o anúncio e afirmou que a decisão tem “racionalidade própria”, diante da inflação nos EUA e do “bom clima” nas relações entre Lula e Trump.
— É uma boa notícia para os nossos produtores e para os consumidores norte-americanos. Espero que seja seguida de outras que beneficiem nossos produtos manufaturados, como calçados e máquinas — disse.
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Nas redes sociais, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, destacou que a decisão “reforça a força do nosso país no cenário internacional”. Já Fávaro afirmou à GloboNews que reuniu sua equipe para avaliar o impacto da medida e celebrou o retorno do diálogo bilateral: “Voltamos à boa diplomacia, ao diálogo, à amizade de 200 anos. O diálogo voltou”.
Exportadores veem decisão com otimismo
Exportadores brasileiros consideram que a decisão anunciada pelos Estados Unidos deve trazer impactos positivos, já que traz de volta previsibilidade ao setor e também mais condições para o funcionamento do comércio entre os países.
“A medida reforça a confiança no diálogo técnico entre os dois países e reconhece a importância da carne do Brasil, marcada pela qualidade, pela regularidade e pela contribuição para a segurança alimentar mundial”, disse a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
O presidente da Abiec, Roberto Perosa, disse à GloboNews que a redução das tarifas é um bom sinal para o mercado brasileiro.
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— Os Estados Unidos são o nosso segundo maior mercado para exportação de carne bovina. E estava fazendo falta exportar para os EUA em um volume adequado — declarou.
Confira os alimentos que terão redução de tarifas
- Carnes;
- Café;
- Chá;
- Ervas;
- Frutas;
- Vegetais;
- Tubérculos;
- Açaí;
- Castanhas e Sementes;
- Especiarias e Condimentos;
- Cereais.

