Um ano após operação que prendeu mais de 40 pessoas são associação criminosa e tráfico de drogas, todos os 47 réus denunciados foram condenados a penas que somam mais de 350 anos de prisão. Chamada “Onda de Choque”, esta foi a maior operação feita no Norte de Santa Catarina em 2023. 

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De acordo com o Ministério Público, as 47 pessoas julgadas foram sentenciadas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, receptação, comércio ilegal de armas de fogo e posse de arma de fogo e munições. Ainda na decisão da 1ª Vara Criminal, foi decretada a apreensão definitiva de bens, materiais e dinheiro apreendidos, em favor da União. Na época da operação, foram recolhidos diversos objetos, entre eles armas, além de veículos de luxo e um jet ski.

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O suposto grupo criminoso começou a ser desmantelado no dia 25 de maio de 2023, quando um dos acusados foi preso em flagrante com 12 cigarros eletrônicos, cuja comercialização é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A partir da prisão, foi possível obter provas que ligavam o acusado e os demais denunciados à facção criminosa. A denúncia aponta, ainda, que os envolvidos integram uma organização que age em todas as regiões de Santa Catarina e seria responsável por uma série de crimes graves. 

A partir disso, a Operação Onda de Choque foi deflagrada pela Divisão de Investigação Criminal de Joinville (DIC), da Polícia Civil, em 21 de novembro de 2023. Na época, mandados foram cumpridos nas cidades de Joinville, Barra Velha, Araquari, São Francisco do Sul e Caçapava (SP). Após inquérito policial finalizado, o grupo foi denunciado pela 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Joinville em dezembro de 2023. 

A denúncia indica que parte do grupo atuava na estrutura organizacional, enquanto outra era responsável pela venda de entorpecentes aos usuários. Dois integrantes teriam poder de chefia sobre os demais integrantes. Consta, ainda, que a negociação de entorpecentes e armas de fogo era feita por meio de aplicativo de mensagens e chamadas telefônicas. 

Conforme o MP, em julho e agosto deste ano, foi feita a instrução processual. A audiência de instrução e julgamento teve duração de cinco dias, sendo que aproximadamente 50 testemunhas foram ouvidas e os acusados, interrogados. O MP apresentou alegações finais em mais de 600 páginas, após a análise da prova testemunhal e de laudos periciais de mais de 100 aparelhos de telefones celulares que foram apreendidos.

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Nesta semana, ocorreu o julgamento e, após argumentação da acusação e defesa, os 47 réus foram condenados. As penas variam de um a 19 anos de reclusão e, somadas, chegam a 350 anos.

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