A Havan começou neste mês a indenizar os funcionários que foram coagidos, segundo a Justiça, por Luciano Hang a votar em Jair Bolsonaro nas eleições de 2018. Os pagamentos — parte em dinheiro e parte em vale-compras — atendem a uma determinação da Justiça do Trabalho de Santa Catarina, que condenou inicialmente a varejista e o empresário a desembolsarem R$ 85 milhões por crime eleitoral.
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A condenação em primeira instância ocorreu em janeiro de 2024 e cabia recurso. Em fevereiro deste ano, um acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho de SC colocou fim à ação. A indenização, no valor de R$ 1 mil, está sendo paga aos funcionários que trabalhavam na sede da Havan, em Brusque, até 1º de outubro de 2018 — ou seja, vale também para quem já saiu da empresa.
As pessoas estão sendo avisadas através de mensagens de WhatsApp pelo setor de Recursos Humanos (veja imagens abaixo). O contato estaria seguindo ordem alfabética.
Veja imagens
R$ 500 e R$ 500
Um dos trabalhadores já avisado pela Havan foi informado de que metade do valor será pago através de transferência bancária. Os outros R$ 500, em vale-compras para uso nas lojas de Luciano Hang. Sabendo que o contato pode parecer golpe, a empresa tem citado que é possível confirmar a veracidade do contato através de telefone ou pessoalmente na sede da empresa.
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Os valores do acordo recém-firmado estão sob sigilo, mas, na prática, só com essas indenizações a Havan está desembolsando ao menos R$ 15 milhões. A empresa terá ainda de destinar outros montantes a instituições sociais cadastradas junto ao Ministério Público de Santa Catarina.
“A Havan se comprometeu a enviar mensagem aos empregados informando que não fará mais manifestações eleitorais dentro das lojas, abrangendo enquetes e pesquisas eleitorais ou atos cívicos com cunho eleitoral. A restrição se aplica ao proprietário, diretores, representantes e prepostos”, informou o Tribunal Regional do Trabalho de SC.
Procurados pela reportagem, Havan e Hang preferiram não se manifestar sobre o acordo.











