Agam é o nome do alpinista que liderou o grupo de resgate que arriscou a vida para chegar até o corpo de Juliana Marins, que caiu cerca de 500 metros em um trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. O grupo de voluntários não tem vínculo com o governo indonésio, e tem como membros turistas, alpinistas locais e montanhistas experientes.
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Agam, que é formado pela Universidade Hasanuddin, já possui mais de 400 mil seguidores em uma rede social e vem sendo chamado de “herói” e “guerreiro” por brasileiros, que admiram a coragem do alpinista. Nascido em Makassar, Agam faz expedições em Lombok e compartilhou vídeos com atualizações sobre o resgate, muitas vezes com um cigarro na mão, o que chamou a atenção de quem acompanhava o caso.
Juliana foi encontrada já sem vida nesta terça-feira (24). Ainda não se sabe a causa exata da morte, já que ela passou cerca de quatro dias sem água, comida ou agasalho. Em uma publicação, Agam Rinjani lamentou a morte da brasileira.
“Meus sentimentos pela morte da montanhista brasileira. Não pude fazer muito, só consegui ajudar desta forma. Que suas boas ações sejam aceitas por Deus. Amém!”, escreveu.
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O resgate do corpo
Durante uma transmissão ao vivo em seu perfil, Agam deu detalhes sobre como ocorreu o resgate do corpo de Juliana, içado na manhã desta quarta-feira (23) no horário de Brasília. O alpinista contou que passou “a noite à beira do penhasco de 590 metros com Juliana, usando âncoras para não descer mais 300 metros”. Além do clima ruim, com neblina, “estava muito, muito frio”, segundo Agam.
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Outro guia, identificado como Tyo, também foi voluntário na equipe de resgate, assim como os guias Dwi Januanto Nugroho e Syamsul Padhli Otonk; o montanhista Furqan Renggoo; e Surya Sangar Rinjani. Quando Agam chegou no ponto em que o corpo de Juliana estava, com cordas, capacetes, uma maca e outros equipamentos, já estava escuro. Por isso, ele passou a noite segurando a vítima no local para que ela não escorregasse ainda mais. Ele mostrou todo o processo em vídeos publicados nas redes sociais.
Junto ao Unit SAR Lombok Timur, uma unidade regional de busca e salvamento da Indonésia com voluntários e socorristas especializados em terrenos de difícil acesso, o grupo usou um tripé metálico, nomeado como “Larkin Rescue Frame”, para içar o corpo de Juliana, servindo de apoio para as cordas de escaladas utilizadas na operação.
Com ao menos cinco pessoas envolvidas, o grupo se conectou com cordas e desceu a encosta. Nas imagens, é possível ver que a neblina é muito intensa no local.
Veja a homenagem de Agam Rinjani para Juliana Marins
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*As informações são do O Globo e do g1
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