Um caso que abalou Joinville, cidade do Norte de Santa Catarina, terminou com um homem condenado a 31 anos de prisão. O réu foi acusado de matar a companheira e a mãe dela com uma barra de ferro, enrolar os corpos em um cobertor e escondê-los debaixo da cama em março de 2024.
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As vítimas são Diomeida Del Carmen Rivas e Gloribel Del Carmen Rivas, de 59 e 43 anos, respectivamente, mãe e filha. Segundo denúncia do Ministério Público (PMSC), no dia 4 de março do ano passado, após uma confraternização, o réu teria retornado para casa com a companheira e a sogra. Mas, de forma repentina e violenta, golpeou as duas na cabeça com uma barra de ferro. Elas sofreram graves lesões que resultaram em suas mortes.
Conforme o MPSC, o réu agiu por ciúmes, acreditando que sua companheira o traía, e por considerar que sua sogra era responsável pelos conflitos conjugais. Após o crime, ele teria embrulhado os corpos em cobertores e os escondido debaixo da cama, onde foram encontrados apenas no dia seguinte.
Na época do crime, familiares falaram sobre o relacionamento da vítima com o acusado. “Ela tinha medo”. Segundo a publicação de uma parente nas redes sociais, Gloribel e o suspeito do crime estavam juntos há 14 anos e tinham uma filha. A mulher vivia com medo do marido, mas sentia compaixão por ele, principalmente por conta da menina.
— Ela disse várias vezes que ele veio ameaçar ela. Tinha medo e tinha compaixão dele pela filha […] Ela saiu há duas semanas, depois [ele] pediu perdão a ela e para voltar, que ele ia mudar e ela voltou. Olha, não passou duas semanas olha o que ele fez com ela — publicou a familiar em espanhol em um grupo de venezuelanos no Facebook.
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O Promotor de Justiça Marcelo Sebastião Netto de Campos, que representou o MPSC na sessão do Tribunal do Júri, sustentou que os homicídios ocorreram em contexto de violência doméstica e familiar, configurando feminicídio, já que o agressor mantinha uma relação conjugal com uma das vítimas há cerca de 15 anos, com quem tinha uma filha de 12 anos.
O homem, também venezuelano, foi condenado a 31 anos de prisão pelo duplo feminicídio. Ele poderá recorrer da decisão, mas deve aguardar os trâmites do processo preso.
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