A saúde masculina, especialmente quando o assunto envolve doenças relacionadas à próstata, ainda é um tabu para muitos homens. Uma pesquisa, feita pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, apontou que mais da metade dos pacientes adiam a ida ao médico o máximo possível, e quando procuram atendimento, já chegam no consultório com doenças avançadas. No entanto, o diagnóstico precoce pode ser a alternativa mais eficiente para garantir a cura. O caso do aposentado Sérgio Pires Ferreira, de 94 anos, é a prova disso. 

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Tudo começou há dez anos, quando um exame de rotina foi o responsável para que Sérgio descobrisse um câncer de próstata. O resultado do exame de PSA, uma análise sanguínea que identifica mudanças na próstata, veio alterado — o que motivou o médico do idoso a amplificar a pesquisa através de um exame de toque. 

— Foi tudo rápido e tranquilo. Depois do exame, foi constatado um tumor de meio centímetro. O oncologista explicou a condição e falou que não havia necessidade de operar. Assim, o tratamento foi feito a partir de uma radioterapia com 44 aplicações — conta Sérgio. 

Ao descobrir que tratava-se de um câncer pequeno, que não havia a necessidade de operar, Sérgio ficou mais tranquilo. Com isso, ele se sentiu confiante e resiliente para seguir com o tratamento, e assim, seguiu com as recomendações médicas como se a condição fosse um pequeno cisto. 

Ao lidar com a situação de forma independente, ele conseguiu vencer o câncer de próstata. Com o decorrer do tempo, a radioterapia deixou algumas sequelas que ainda são tratadas pelo idoso, mas o câncer foi totalmente curado.

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— Com 94 anos, me sinto privilegiado por ter passado por esse processo de forma tranquila, por não ter diabete, pressão alta e outras doenças comuns da idade — comenta.

Histórico saudável é diferencial

Entre as características que permitiram a cura do câncer de próstata para Sérgio, a preocupação com a saúde foi um diferencial. Desde a infância, ele sempre manteve um histórico saudável aliado a prática de exercícios físicos: fez parte da cavalaria, praticou ginástica e futebol de areia. Na vida adulta, embora tenha se afastado dos esportes, ele manteve uma alimentação equilibrada e consultou os médicos com frequência. 

— Homens com 50, 60 anos precisam fazer o exame PSA com frequência, é algo simples e fácil. Se cuidar e ter uma vida equilibrada é fundamental para garantir a saúde, em qualquer idade — orienta o idoso. 

Hoje, Sérgio vive uma rotina tranquila e distante dos riscos do câncer de próstata. Nos tempos livres, gosta de dirigir, passear, e tem como hobbie o canto. Inclusive, faz pequenos shows para se divertir na sua melhor idade. 

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